Diniz explica convocação da seleção brasileira para as eliminatórias diante de Venezuela e Uruguai


Gerson na Seleção: Fernando Diniz exalta jogador ao explicar convocação

Gerson na Seleção: Fernando Diniz exalta jogador ao explicar convocação

– É uma das convocações mais fáceis para mim. Foi um dos jogadores que eu mais vi atuar, fora os do Fluminense – disse o técnico da Seleção.

– Fora os jogos em que nos encontramos como adversários, eu tive que estudar muito o Flamengo este ano. E o Gerson tem jogado constantemente bem. Em que pese que, em dados momentos, o Flamengo tem oscilado, acho que ele tem estado muito constante. É um jogador bem acima da média. Tem muita ligação com aquilo que penso do futebol – explicou Diniz.

– O Gerson é um jogador de muita mobilidade. No Flamengo, já jogou de volante, de médio pelo lado esquerdo, direito, mais à frente, que é uma das características dos time que eu monto. É um jogador muito técnico, forte, de uma mudança positiva de uns tempos para cá. É um jogador combativo, competitivo. Está fazendo muito por merecer essa convocação – completou.

Fernando Diniz convoca a Seleção — Foto: André Durão/Mowa Press
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Fernando Diniz convoca a Seleção — Foto: André Durão/Mowa Press

Fernando Diniz convoca a Seleção — Foto: André Durão/Mowa Press

Líder das eliminatórias, com seis pontos, ao lado da Argentina, o Brasil joga contra a Venezuela no dia 12 de outubro, na Arena Pantanal. Cinco dias depois, enfrenta o Uruguai, em Montevidéu. Nas duas primeiras rodadas, o Brasil venceu a Bolívia por 5 a 1, em Belém, e o Peru por 1 a 0, em Lima.

Gerson tem quatro jogos pela seleção brasileira principal, todos sob comando de Tite em 2021. Ele foi uma das três novidades na lista. Além dele, Bremer, zagueiro da Juventus, e Vinicius Junior, de volta após lesão, entraram nos lugares de Ibañez (Al-Ahli), Joelinton (Newcastle) e Gabriel Martinelli (Arsenal). Diniz, no entanto, diz que não tem a intenção de formar uma base no grupo.

“Não pensei muito em uma base. Tentei convocar os melhores jogadores possíveis”, declarou.

Ao ser questionado sobre a convocação de Richarlison, que chegou a chorar no banco de reservas ao ser substituído contra a Bolívia, Diniz elogiou o atacante.

– O critério é técnico. Ele jogou mal contra a Bolívia ou contra o Peru? Na minha opinião, não jogou mal em nenhum dos dois jogos. Ele contribuiu para o time, jogou bem, contribuiu com a marcação, acertou a maioria das paredes, tabelas, mas não teve a felicidade na Seleção de colocar a bola para dentro. Lá no Tottenham, deu sinais de melhora, entrou e foi decisivo.

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Seleção Brasileira é convocada por Fernando Diniz para Eliminatórias da Copa

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Veja outros trechos da entrevista de Diniz:

Base da última convocação
– Não pensei muito em uma base. Tentei convocar os melhores jogadores possíveis. Dificilmente temos uma mudança muito drástica. Terminamos nosso jogo no Peru há duas semanas, mas a amostra é muita pequena. A Seleção está aberta, muitos jogadores podem ser convocados e vamos estar atentos. Tenho uma base de jogadores. Está aberta para todo mundo, não existe titular absoluto, mas é convocar os melhores e aqueles jogadores que, no meu entendimento, favorecerão a equipe para ganhar as partidas.

Diniz critica ausência de Vinicius Junior no The Best

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Neymar
– Eu quero que ele seja o melhor Neymar que for possível, que escreva as páginas mais bonitas da história dele no futebol. Isso é extremamente possível. Nas nossas conversas, ele mostra muito ânimo para isso. Temos que aproveitar, porque é sempre um privilégio ter um jogador como o Neymar, demora muito para nascer outro. Aproveitá-lo no limite máximo e ele também desfrutar cada vez mais da seleção brasileira. A Seleção é a casa dele, desde 2010 está frequentando esse ambiente.

Paquetá
– É um jogador que eu adoro. As pessoas também o adoram como pessoa, isso ele me transmite isso desde que assisto aos jogos dele no Flamengo. É uma pessoa muito fácil de se tratar. Espero que tudo corra bem com o Paquetá. É o momento de ele poder resolver, espero que esteja perto do fim e que possamos convocá-lo para ajudar a Seleção.

Diniz indica que Paquetá não será convocado até fim de investigação

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Erros e acertos
– Difícil responder de uma maneira objetiva o que deu errado e certo. A equipe teve mais pontos positivos do que negativos, a gente com pouco tempo repete o máximo que dá. Com o tempo, vamos ganhando mais entendimento do que penso. Nesses primeiros movimentos que fizemos, os jogadores foram impecáveis na maneira de absorver as informações e colocá-las em campo.

– Fazendo a análise dos dois jogos, contra a Bolívia, as coisas andaram de uma maneira positiva e coerente com aquilo que pretendíamos do jogo. Além dos cinco gols, poderíamos ter feito mais e sem oferecer chances para os bolivianos. No jogo do Peru, a gente esperava um jogo diferente, uma rivalidade que já existe, um campo muito alto e seco. Acredito que estrategicamente foi deixado desta maneira. Um pouco de cansaço pela sequência e pela viagem, além de alguns erros, jogamos de maneira equivocada em alguns momentos.

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Uma crítica que faço a mim diretamente, acho que demorei para mexer na equipe contra o Peru. Quando olhei no relógio, estava muito envolvido no jogo e demorei. Se pudesse voltar atrás, teria mexido um pouco antes. Não faço movimentos para substituições por obrigatoriedade. Faço para melhorar o jogo, se pudesse voltar atrás, teria colocado os mesmos jogadores um pouco antes.

Vitor Roque
– Desejo melhoras rápidas da lesão. O Vitor Roque é um grandes talentos do Brasil. Já é hoje e acredito que tem um futuro brilhante pela frente. Está sempre no radar, sempre monitorado. Conheço bem porque já o enfrentei umas cinco ou seis vezes. Espero que ele consiga melhorar o mais rápido possível e vamos sempre estar acompanhando.

Adversários contra Venezuela, em casa, e Uruguai, fora
– Não tenho uma diferenciação muito grande sobre os adversários. Temos que sempre procurar fazer o melhor. Não existe retrospecto, tradição neste sentido. O próximo adversário sempre é o mais difícil. Vamos tratar a Venezuela como tratamos a Bolívia, o Peru e como vamos tratar o Uruguai e a Argentina. Vamos respeitar todos da mesma forma. Vamos procurar fazer o nosso melhor e estudar ambos para a melhor estratégia.

Postura da Seleção
– Muito difícil responder a essa pergunta. Não tenho expectativa em relação aos adversários e do que será a partida. Espero que a gente consiga reproduzir cada vez melhor a nossa ideia de jogo, que sejamos cada vez mais protagonistas. Analisamos muito o que o Brasil não produziu. Conseguimos produzir não tanto contra o Peru, mas defensivamente não sofremos quase nada. Com menos mudança de jogadores, existe uma chance maior de que o entendimento avance de uma maneira mais rápida.

Nino e André
– Não é uma ideia, é algo natural (que não tenham entrado nos dois primeiros jogos). Em relação ao Nino e André, todos que convoco têm chances de jogar, de serem titulares. Eles não entraram porque naquele momento achei que não era conveniente para entrarem nas duas partidas, mas nada impede que eles possam ter oportunidade de jogar.

Papo com Casemiro
– É um jogador extremamente importante, uma das nossas lideranças. É um jogador extremamente técnico, um dos maiores vencedores do futebol mundial, um exemplo dentro da Seleção. Espero ajudá-lo para que ele possa ter vida longa na Seleção e ajudar naquilo possível para melhorar a dinâmica do seu jogo. É um craque da sua posição, conhece como poucos como é ser volante. De fato, a bola passa muito pelo pé dele. Da maneira como eu jogo, essa figura nos times em que eu dirijo, por conta do modelo de jogo, a bola passa muito. É muito importante que seja um jogador que tenha a categoria e a experiência do Casemiro. É um jogador que queremos ter por muito tempo.

Convocação de jogadores do Botafogo e, em especial, o Adryelson
– O elenco do Botafogo é muito bom. Além do Perri e do Adryelson, outros jogadores estão sendo monitorados. Nesse momento, o Adryelson não foi convocado, mas é um jogador que está sendo monitorado. Está fazendo um grande campeonato, está na nossa lista larga, como outros jogadores.

Idade é problema?
– De uma convocação para outra, o que temos é um enriquecimento de informações e entendimento dos jogadores. Treinamos muito, conversamos e fizemos treinos até a que eles não estavam habituados. Isso que vamos procurar fazer quando nos reunirmos, sempre colocando um ajuste tático novo para que sintam prazer em estar jogando. Não tenho preconceito com idade, só pegar o Fluminense, o Fábio tem 42 anos, todo mundo está correndo. O limitador, para mim, não é a idade. Sempre vou ver a qualidade técnica e como os jogadores vão performar nos clubes e quando forem chamados para a Seleção.


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