O Palmeiras conseguiu superar a defesa do Goiás e venceu por 1 a 0 nesta sexta-feira (15), com gol marcado aos 53 minutos da segunda etapa por Breno Lopes. O técnico Abel Ferreira comentou os gestos que fez o atacante em direção à torcida, além de analisar a vitória.
“Primeiro dizer que sempre precisamos dos nossos torcedores. Quando estamos juntos como foi hoje. Eles sabem que temos um elenco bem curto, com a lesão do Dudu menos ainda. O primeiro a cometer erros sou eu. Já fui expulso muitas vezes por não controlar minhas emoções. Hoje estou melhor nesse aspecto. Isso faz parte do futebol, as emoções. Eu sou o primeiro que posso cometer um erro, mas precisamos dos nossos jogadores todos. Precisamos estar cada vez mais unidos. Os torcedores são a alma da equipe, é para eles que corremos. Hoje valeu o dinheiro que pagaram para ver o gol no último segundo. Precisamos da ajuda deles”, analisou Abel em entrevista coletiva.
O jogador vinha sendo criticado pela torcida, e na comemoração, extravasou: levou a mão aos ouvidos e mostrou o dedo do meio em direção ao setor das organizadas. Após o gol e a comemoração, a Mancha Alviverde entoou o seguintes canto: “Ô, Breno Lopes, presta atenção! Muito respeito com a torcida do Verdão”,
“O importante é que ele fez o gol da vitória, é o que precisávamos. Não é um jogador que tem jogado o quanto queria. Tem o nome marcado na historia. Eu gosto, confio, e o mais importante: tem o gol dentro dele. Quantas vezes não o coloquei dez minutos e ele fez o gol?”, resumiu Abel Ferreira.
Mudanças táticas
“A nossa base é o 4-2-3-1, depois temos todas variações. Às vezes com três zagueiros, às vezes com o lateral. Hoje começamos com o Rocha por ali. Lá no início eu comecei fazendo como fazia o Andrei (Cebola), pois estavam bem. Desde então passei a mudar, para equipe atacar com alguma variabilidade, para atacar o adversário. Hoje o jogo foi muito parecido com o do Cruzeiro, mas não precisava ser igual (risos). A equipe deles vinha muito bem, vinham de oito jogos sem perder”, analisou.
Palmeiras entrou em campo com três zagueiros, sendo Marcos Rocha o responsável na função pela direita. A defesa bem postada do Goiás escancarou a ineficácia da tentativa no Allianz Parque.
“Nosso adversário condicionou muito o jogo. Encurtou espaços. Vinham de oito jogos sem perder, são fatos. Mas o jogo só acaba quando termina. Nossos torcedores podem ir embora contentes. A cara de quem ganha nunca é igual a cara de quem perde”, explicou.
Pausa para Data Fifa
“Nós vínhamos de dois meses com jogos atrás de jogos. É extenuante para todos. Inúmeras lesões. Essas paradas são benéficas. Por dois motivos: recuperar lesões, dar ritmo para jogadores que tem jogado menos. Só tivemos o elenco todo junto ontem, sendo que um chegou doente (Veiga). É sempre importante para que estejam bem os jogadores. Um jogador tem problemas psicológicos, como falou o atacante da Seleção (Richarlison). Era um momento de baixar o nível de concentração e tensão”, avaliou Abel.
O Palmeiras passou 13 dias sem atuar e terá mais uma semana para encarar o Grêmio, na próxima quinta-feira (21), no Rio Grande do Sul.
“Há jogos que são mais abertos, outros mais fechados. Hoje era um jogo de paciência. Faltou o capricho no último terço, faltou, mas o importante foram os três pontos”, avaliou.
Flaco López
“Os grandes jogadores ajudam os grandes jogadores. Guardiola diz que só ganha pois o clube compra os melhores jogadores. O López ao jogar de 10 é um segundo centroavante, e o Veiga é um criador. O Veiga foi honesto e disse que não estava pronto para ajudar os 90 minutos. Felizmente entrou na hora certa, tinha energia suficiente para 20, 30 minutos. Vocês já sabiam. Flaco tinha uma missão muito específica”, finalizou.
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