
Ao zapear no seu aparelho em busca de uma série ou filme, você dá de cada com o filme da Barbie. Daí se prepara com almofadas e pipoca para assistir confortavelmente na sala. A diferença é que, dessa vez, não vai ver o longa de uma vez só. Em vez disso, verá dezenas de vídeos de 3 minutos no TikTok, relata o Wall Street Journal.
São muitos os que criticam a prática. Um dos pontos é que a essência do filme seria perdida. Primeiro, porque não dá para ver na sequência, já que, assim que acaba um trecho do filme, você tem que buscar o próximo, de maneira nada intuitiva. E segundo que, ao ver o filme assim picotado, o risco de a produção perder o sentido – ou falhar em gerar qualquer tipo de emoção ou reflexão – é enorme.
O atrativo da nova prática, ao que parece, é a possibilidade de ir deixando comentários em cada um dos pedacinhos da atração. “É o equivalente a falar durante um filme, só que nas redes, em vez da sala de cinema”, disse Shahbaz Siddiqui, apresentador de um podcast sobre cinema, à CBC News.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, advogados e professores de direito afirmaram que a prática é uma violação dos direitos autorais de roteiristas e atores – ainda que a prática não costume trazer renda para quem posta os minivídeos.
Procurado, um representante do TikTok disse que a plataforma promove a criação de conteúdo original, e que postar produções submetidas às leis de direitos autorais vai contra as suas regras. A empresa disse ainda que estava atualizando ferramentas capazes de detectar material ilícito na rede.