
“O impacto de mídia é extremamente importante. A MLS hoje, mesmo já sendo uma liga relevante no mundo, ainda não conquistou 30% das pessoas que se declaram fãs de futebol nos EUA e Canadá. Um impacto como esse pode fazer esse número doméstico crescer e fazer a liga ter um poder financeiro ainda maior”, avalia o consultor Diogo Kotscho, ex-vice-presidente do Orlando City e especialista no mercado norte-americano.
<!–>
A concorrência interna é pesada. A MLS não luta por espaço apenas com o futebol europeu. No mercado americano, a concorrência com ligas como a NBA (basquete), MLB (beisebol), NHL (hóquei no gelo) e NFL (futebol americano), além das competições universitárias que também atraem multidões. A MLS luta há 30 anos para encontrar seu espaço, e a chegada de Messi é vista como um ponto de inflexão.
–>
“Existem três pontos fundamentais para o futebol nos Estados Unidos”, afirma Alfonso Mondelo, que enumera: “A chegada de Pelé, nos anos 1970, a vinda de Beckham para a MLS, e agora a contratação de Messi”. Diogo Kotscho acrescenta outros dois momentos fundamentais: “a Copa de 1994, que foi o embrião da MLS, e o segundo boom da liga, com as contratações de estrelas como Kaká, Villa, Nani, Pirlo, Lampard, Gerrard e Ibrahimovic”.
<!–>
Essa constelação desembarcou na MLS já na fase final de carreira, mas ainda em nível competitivo. Na época, uma franquia na liga custava em torno de US$ 50 milhões (R$ 243 milhões); em maio deste ano, o direito de criar uma nova equipe em San Diego foi comprado por um valor dez vezes maior.
–>
A primeira temporada de Messi é também a primeira de um acordo mundial da MLS com a Apple, para a transmissão dos jogos por streaming. A presença do argentino já catapultou o número de assinantes para muito além das projeções, feitas em um mundo em que o craque ainda não estava vestido de rosa. O acordo global tem 10 anos de duração; de acordo com o The Athletic, Messi terá direito a uma parte do faturamento.
<!–>
Enquanto a MLS já muda os parâmetros de planejamento financeiro, vê recordes sendo batidos em sequência e vira assunto em páginas nunca antes imaginadas — os principais meios de comunicação de esporte da Europa, por exemplo — quem está no andar logo abaixo também comemora.
–>