“Empresas de tecnologia ainda colocam crianças em perigo”, diz pai de menina que tirou a própria vida


Em entrevista à BBC, Russel descreveu a “Lei de Segurança Online” aprovada neste ano pelo parlamento inglês, como um importante “primeiro passo” para tornar a Internet mais segura. “Acho que as penas de prisão para chefes de plataformas de tecnologia que expões menores a conteúdo impróprio são importantes”, defendeu Russel. “Não acho que eles irão realmente para a prisão, mas isso irá focar suas mentes. O que é necessário é uma mudança na cultura corporativa. Em duas décadas de redes sociais, nada realmente mudou.”

Russell disse ainda que o poder público precisará “agir rapidamente” à medida que enfrenta as “empresas mais bem financiadas do planeta”. Em setembro do ano passado, um legista determinou que a estudante Molly, de Harrow, noroeste de Londres, morreu em decorrência de “um ato de automutilação enquanto sofria de depressão e dos efeitos negativos do conteúdo online”. “Há muitas outras famílias, muitas histórias trágicas para contar, algumas como a de Molly e outras bastante diferentes, mas se a lei não conseguir impedir que nossos filhos sejam expostos a conteúdo danoso online, terá falhado”, disse. “O poder público tem que agir rapidamente para tornar o mundo online mais seguro para as crianças”.

Um porta-voz do Ofcom, órgão regulados inglês que ficou responsável por aplicar a Lei de Segurança Online na Inglaterra, disse em nota: “Estamos prontos para entrar em ação assim que o projeto de lei receber a aprovação real. Estabeleceremos o primeiro conjunto de padrões que esperamos que as empresas de tecnologia cumpram no combate a materiais prejudiciais e ilegais online”.


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