Cofundador da divisão de IA do Google explica por que a tecnologia ‘não vai nos matar’


Com a rápida ascensão da IA generativa, algumas questões também surgiram, especialmente sobre o poder que a inteligência artificial pode ter, um dia, sobre a humanidade. Entre céticos e temerosos quanto a um cenário apocalíptico, Mustafa Suleyman, cofundador da DeepMind, famosa divisão de IA do Google, disse que é simples garantir que a tecnologia não acabará com as pessoas.

Em uma entrevista ao site MIT Technology Review, Suleyman afirmou que podemos descartar o “auto-aperfeiçoamento recursivo” da IA, ou seja, a sua capacidade de tornar-se melhor sozinha ao longo do tempo. Para o executivo, a atualização dos códigos de uma IA necessitam de total supervisão. “Talvez, isso devesse até ser uma atividade licenciada – assim como o manuseio de antraz ou materiais nucleares”, disse.

+ Quer saber mais sobre inovação? Entre no grupo de Época NEGÓCIOS no WhatsApp

Suleyman também destacou que, embora existam diversas conversas globais sobre a regulamentação da IA, a definição de limites para a tecnologia também é importante para a segurança dos dados pessoais dos usuários.

“Essencialmente, trata-se de estabelecer os limites que uma IA não pode ultrapassar, e garantir que esses limites criem segurança comprovável, desde o código real até a maneira como ele interage com outras IAs – ou com humanos — às motivações e incentivos das empresas que criam a tecnologia”.

  • Inteligência artificial: o alerta de mil especialistas sobre ‘risco para a humanidade’
  • Cofundador do Google DeepMind pede que EUA imponham padrões de IA, diz jornal

No cenário atual, o especialista diz estar “otimista” de que a IA possa ser regulada de forma eficaz, e não parece preocupado com um evento apocalíptico no futuro. “Há mais 101 questões práticas nas quais deveríamos nos concentrar – da privacidade ao preconceito, do reconhecimento facial à moderação online”.

No ano passado, Suleyman ajudou a fundar mais uma startup do setor, a Inflection AI, cujo chatbot Pi foi projetado para ser um ouvinte neutro e fornecer suporte emocional os usuários. Segundo ele, o bot é “incrivelmente controlável”.

Quer conferir os conteúdos exclusivos de Época NEGÓCIOS? Tenha acesso à versão digital


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *