Morre Guilherme Mansur, poeta e tipógrafo mineiro, aos 65 anos


Guilherme Mansur

Familiares e amigos do tipógrafo lamentaram a morte do tipógrafo e poeta ouro-pretano

Ryan Freitas / reprodução / Instagram

Morreu nesta quarta-feira (27/9), aos 65 anos, Guilherme Mansur. O poeta e artista tipográfico estava internado em um hospital em Belo Horizonte por causa de uma pneumonia. A despedida do poeta vai acontecer nesta quinta-feira (28/9), às 8h, na Casa de Tomás Gonzaga, em Ouro Preto. Mais informações sobre o velório ainda serão divulgadas por familiares. 

“(Guilherme Mansur) tem uma importância na poesia brasileira uma vez que a sua poesia livre participou do grande movimento concretista da poesia. Para Ouro Preto, um filho ilustre, muito querido pelos amigos e pessoas que passaram pela livraria dele”, afirmou o Secretário de Cultura de Ouro Preto, Flávio Malta, que afirmou ter perdido um amigo.

Guilherme atuou no movimento Arte Postal e participou da Internacional Mail-art Exhibition, em Monza, na Itália. O tipógrafo foi criador do “Chuva de Poemas”, promovido desde 1993 pelas ruas da antiga capital mineira e outras cidades brasileiras. Na ação, filipetas coloridas com versos de vários autores são lançadas do alto das torres de igrejas ouro-pretanas, fazendo com que elas voem sem rumo pela cidade. 
Telhados

O poema “Telhados” faz uso dos parênteses como telhas

Reprodução

Flávio também destacou a participação de Mansur no coletivo Olho de Vidro, que une diversos fotógrafos da cidade, para realizar exposições. O poeta indicava uma temática que norteava os registros de seus colegas.

Para o também poeta Mário Alex Rosa, o falecimento de Mansur é uma grande perda para Minas Gerais e para o Brasil. “É lamentável receber essa notícia. Pegou todo mundo de surpresa”, lamentou. Amigos e familiares disseram que Mansur havia tido uma rápida melhora no hospital e que já se cogitava uma volta dele para casa. 
“O Guilherme foi um grande tipógrafo. Foi uma pessoa que tinha um cuidado enorme com as palavras, com as letras. Eu conheci bem a tipografia dele. Conheço o cuidado que ele tinha em montar uma página, tinha um olho gráfico que era muito delicado, sensível e ao mesmo tempo muito inventivo”, disse Mário Alex. 

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