Debate sobre futebol empobrece quando técnicos rejeitam serem questionados


Há outros exemplos de treinadores menos famosos que se incomodaram por perguntas similares nesta terra brasilis. Parecem não reconhecer nos repórteres a legitimidade para questiona-los.

Primeiro, é preciso dizer que Abel Ferreira e Diniz certamente acumulam maior conhecimento de futebol do que os jornalistas, e sabem mais o que se dá com seus elencos. É, aliás, por isso, que são bem pagos como treinadores de times como Palmeiras e Fluminense.

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Isso não significa que sempre acertem. Óbvio que cometem erros como pode ocorrer com jogadores, treinadores e jornalistas.

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Os jornalistas, como generalistas que são, tem um papel de acumular um conhecimento de forma mais ampla sobre futebol e de fazer a conexão entre o especialistas (técnico) e o público. Não à toa a imprensa uma mídia, que faz a mediação entre os dois lados.

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Se essa relação funciona, o público tem dúvidas e questionamentos. O jornalista capta com seu radar, acrescenta coisas que ele próprio viu e busca explicações com o técnico. Assim, o torcedor pode ter acesso ao “poder decisório” da sua paixão.

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O problema é que esse debate está cada vez mais sendo interditado por uma animosidade dos dois lados. Do lado da mídia, parte dos “jornalistas” tende a gritaria e críticas cheias de ofensa que chamam as pessoas de imbecis, incompetentes, etc. Algo totalmente anormal.


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