O Red Bull Bragantino é uma grande história de sucesso, dentro de campo, do futebol brasileiro.
A vice-liderança do Brasileiro é o ponto alto de um projeto consistente, duradouro e bem feito.
Mas o êxito do time do interior paulista não tem nada de “coitadismo”.
O brilho do Red Bull é conquistado com um investimento absurdo de seus donos bilionários, de uma dívida que sobe em escala estratosférica e falta de transparência.
Segundo o relatório “Convocados”, organizado pelo economista Cesar Grafietti, o time de Bragança só gastou menos que Flamengo na formação do elenco somando as temporadas de 2021 e 2022.
Foram R$ 298 milhões de investimento no elenco nesses dois anos, contra, por exemplo, R$ 134 milhões do São Paulo.
O investimento do Red Bull vem de mais longe. Entre 2019 e 2022, foram R$ 485 milhões no elenco. No mesmo período, o Corinthians gastou R$ 329 milhões.
Com tantos gastos em contratações, a dívida do clube explode.
Em 2019, a dívida era de R$ 43 milhões. No ano passado, bateu nos R$ 526 milhões, e hoje o clube deve mais que grandes como Santos, Flamengo, Palmeiras e Grêmio.
O balanço financeiro do Red Bull não tem os mesmos detalhes de outros clubes.
No trabalho do economista Grafietti, o Red Bull é um clube descrito assim sobre suas finanças: “Não há abertura e detalhamentos dos números do clube, de forma que parte da análise foi feita a partir de premissas e ajustes com as informações disponíveis e dados da imprensa”.
O entendimento é que quase toda a dívida seja com o próprio controlador, a empresa de energéticos europeia, que despeja um caminhão de dinheiro no clube.