Símbolos marcantes da cultura mineira, as quitandas, são mais do que simplesmente alimentos: são expressões de uma rica tradição culinária que remonta aos primórdios do povoamento de Minas Gerais. Desde o século XVII até os dias atuais, as quitandeiras desempenham um papel fundamental na preservação dessas delícias, transmitindo de geração em geração não apenas as receitas, mas também os segredos e saberes que as tornam tão especiais.
Em cada cidade de Minas, as quitandas são verdadeiras heranças culturais, expressões de identidade e fontes de prazer gastronômico. Ao visitar esses municípios e degustar suas quitandas, os viajantes não apenas satisfazem seus paladares, mas também mergulham em uma rica história de tradição, sabor e hospitalidade. As quitandas de Minas são um convite para explorar, saborear e se encantar com o melhor da culinária e cultura mineira.
Cidades como Congonhas, Paracatu, Igarapé, Lapinha, Lagoa Santa, São Tiago e diversos outros recantos se destacam pela tradição quitandeira. Nessas regiões, a cultura alimentar é preservada e enaltecida pelas mãos habilidosas das cozinheiras, que mantêm viva a tradição, preservando estes exemplares legítimos e saborosos da cozinha mineira. Broas, biscoitos, bolos e uma variedade de sequilhos deliciosos são cuidadosamente preparados por mestras locais, que se dedicam a transmitir o conhecimento ancestral às novas gerações, conquistando ainda turistas que se aventuram por Minas Gerais.
Paracatu: a terra das quitandas
Em Paracatu, as quitandas são uma verdadeira instituição, e a cidade se orgulha de sua tradição como a “Terra das Quitandas”. Dentre as iguarias mais famosas produzidas na região estão a queijadinha, a desmamada, a empada de massa fina e o bolo de domingo. As quitandas assadas em forno a gás ou de barro conferem à cidade um sabor único, que faz jus ao seu título.
Além de suas deliciosas quitandas, Paracatu encanta os visitantes com seu centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, formado por mais de duzentas construções da época do ouro, cachoeiras e igrejas centenárias.
Congonhas: Festival da Quitanda e Patrimônio Cultural
O tradicional Festival da Quitanda de Congonhas, realizado anualmente em maio, é um evento imperdível para os amantes da gastronomia mineira. A cidade premia as melhores receitas da região, que sempre privilegiam ingredientes regionais e sabores autênticos.
Além das quitandas, Congonhas oferece aos visitantes uma rica experiência cultural, com sua natureza exuberante, opções de turismo religioso e o maravilhoso Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, sítio histórico reconhecido como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em 1985.
São Tiago: A terra do café com biscoito
São Tiago é conhecida como a “Terra do Café com Biscoito”, e sua Festa do Café com Biscoito, realizada em setembro, é um verdadeiro paraíso para os apreciadores dessas delícias. Durante o evento, os visitantes podem não apenas degustar os biscoitos, mas também participar de oficinas para aprender a arte de fazê-los.
Além de sua famosa festa, São Tiago oferece aos visitantes belas cachoeiras e uma atmosfera acolhedora e simpática.
São Bartolomeu: calmaria e doces delicados
São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto, é um refúgio para quem busca calmaria e bons doces. Estas delícias são preparadas no tacho de cobre, seguindo técnicas tradicionais que garantem um sabor inigualável. Além disso, o distrito oferece festas e encontros que celebram a tradição culinária mineira, encantando os visitantes com seu charme e autenticidade.
Igarapé: festival gastronômico e aventura
O Festival Igarapé Sabor – Mestras e seus Temperos, realizado anualmente em julho, celebra a culinária local e homenageia as mestras da cozinha mineira. Durante o evento, os visitantes podem saborear uma grande variedade de quitandas, além de participar de atividades culturais e esportivas.
Além de sua rica gastronomia, Igarapé oferece opções de esportes radicais, tornando-se um destino completo para os amantes de aventura.
Origem da quitanda
O termo “quitanda” tem suas raízes num dialeto angolano e denominava os tabuleiros carregados pelas negras africanas, repletos de delícias para vender na cidade. A junção desses tabuleiros deu origem à quitanda, uma espécie de loja que oferecia uma variedade de iguarias. Já a quitanda mineira é definida como “tudo que a gente come com café”. Bolos, biscoitos, broas e uma variedade de sequilhos que fazem parte dessa tradição gastronômica única, que se perpetua nas mesas postas de Minas Gerais.
(Com informações do Portal Minas Gerais)
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