Alta tecnologia de herbicidas gera economia de até R$ 2 mil por hectare na cultura da manga


Lote experimental demonstra como uso de herbicida da Bayer (aplicado do lado direito da foto) reduz presença de ervas daninhas na área de cultura da manga — Foto: Aline Oliveira/Vereda Comunica

Lote experimental demonstra como uso de herbicida da Bayer (aplicado do lado direito da foto) reduz presença de ervas daninhas na área de cultura da manga — Foto: Aline Oliveira/Vereda Comunica

Tecnologias de ponta estão ajudando o produtor de manga do Vale do São Francisco a vencer um inimigo muito comum do produtor rural: a erva daninha. Produto da Bayer que reduz o número de aplicações necessárias e o impacto no solo foram apresentados pela Seiva do Vale no Servtech, nos dias 25 e 26 de janeiro, em Petrolina. Na experiência do produtor Pedro Silas, um dos fundadores do Servtech, o uso adequado do herbicida é parte essencial do manejo que também cuida da nutrição precisa e adubação eficiente: se não tirar a erva daninha, que disputa com as mangueiras pelos nutrientes que estão no solo e ainda são vetores de possíveis pragas e doenças, todo o resto da estratégia vai perder o impacto.

Um dos produtos da Bayer apresentados pela Seiva do Vale no Servtech tem ação no combate ao banco de sementes das ervas daninhas, que tem um efeito chamado de pré-emergente. Esse efeito evita que as sementes germinem e novas plantas brotem. Com isso, o trabalho é mais efetivo e com efeitos em médio e longo prazo, podendo chegar até mais de 180 dias do mato está controlado.

Economia e baixo impacto

Uma das vantagens destacadas por Pedro Silas no uso destas tecnologias é a redução de outros custos, como o trabalho de roçar, que é a eliminação das ervas daninhas na área da produção. A despesa com máquinas, gasolina, funcionário e manutenção sofre um impacto significativo, já que segundo ele, usando o produto da Bayer, dá pra ficar seis meses sem roçar.

A conta que Pedro faz é bem atrativa: a economia com a redução desse trabalho é de cerca de R$2 mil por hectare. Multiplicando por 30 hectares, por exemplo, são R$ 60 mil de economia.

Além disso, a tecnologia reduz a agressão ao solo e preserva o microrganismos presentes no solo, indispensáveis para que a planta cresça de forma saudável. Isso é possível porque o uso é mais pontual e, portanto, eficiente: menos produto, menos aplicações, mais resultados.

Cultura da manga e articulação

Uma cultura que gerou 312 milhões de dólares em negócios para o Vale do São Francisco em 2023 com a exportação de 1,2 milhão de toneladas: a manga ocupa 53 mil hectares na região e registrou um crescimento de 52% no faturamento com exportação em relação a 2022. Não há dados oficiais sobre o mercado interno de manga, mas estima-se que ele tenha movimentado R$2,1 bilhões ano passado. A cultura gera cerca de 13,5 mil empregos diretos.

Este cenário positivo gerou uma mobilização de produtores para catalisar ainda mais os resultados da cultura. Um dos principais resultados dessa mobilização foi a criação quase simultânea da Associação dos Produtores de Manga do Vale do São Francisco e do Servtech, um evento que promove conexão entre os produtores, pesquisas científicas, tecnologias inovadoras e experiências práticas.


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