Determinado a escrever uma nova trajetória no torneio, o histórico era desafiador ao Sousa na competição mais democrática de futebol do país. Afinal, em cinco participações, o time nunca havia se classificado à 2ª fase. Mas, sob o comando técnico de Paulo Schardong, que desembarcou na Cidade Sorriso em 8 de fevereiro, que o Dinossauro mudou da água para o vinho.

O Sousa demonstrou desde o apito inicial que não entraria em campo apenas para ser um figurante, muito por conta da condição do rival Cruzeiro, que se classificava com a igualdade no marcador. Aguerrido e organizado desde o primeiro minuto, o time vestiu as cores jurássicas com o desejo de fazer história.

Dos pés de Danillo Bala, que entrou aos 17 da segunda etapa, foi escrito o primeiro capítulo da história, com um gol aos 43. Não demorou muito, e em um verdadeiro golaço de fora da área, aos 49, o atacante sacramentou a classificação do Dinossauro.

E o que explica esse momento épico no Estádio Marizão, que contava com um público total de 2.930 pessoas? A forte chuva que abençoava o Alto Sertão da Paraíba transformou a “La Bombonera” em um campo de batalha jurássico? Ou foi a magia de Schardong, que soube reinventar o time?

Fato é que o Sousa teceu fios de uma história que certamente vai ficar gravada na memória dos torcedores paraibanos para sempre.

Dentro das quatro linhas, a questão tática se torna secundária, ainda que o plano de jogo de Paulo Schardong tenha sido eficiente, efetivo. O Sousa mostrou em pouco mais de 90 minutos que o futebol supera esquemas e estratégias; é sobre entrega, fé e paixão. O Dinossauro foi sólido defensivamente e letal ofensivamente, jogando com inteligência diante do Rei de Copas.

O Sousa não somente sacramentou vaga na próxima fase da Copa do Brasil, como escreveu uma das páginas mais ricas da história do futebol paraibano. Agora, os olhos jurássicos se voltam a Petrolina-PE x Cascavel-PR. Isso porque, o vencedor desse confronto encara o Dino na 2ª fase.