Artilheiro, capixaba leva time da Lituânia para a Liga Conferência


Nascido em Aracruz, Henrique Devens é o grande destaque do FK TransINVEST, clube da segunda divisão da Lituânia. Na atual temporada, o jogador tem média de um gol por jogo no campeonato nacional, sendo o artilheiro da equipe no ano. O centroavante também foi campeão da Copa Nacional, no último domingo, carimbando uma vaga na Liga Conferência 2024/25.

Henrique Devens, capixaba campeão pelo FK TransINVEST — Foto: Divulgação/FK TransINVEST
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Henrique Devens, capixaba campeão pelo FK TransINVEST — Foto: Divulgação/FK TransINVEST

Henrique Devens, capixaba campeão pelo FK TransINVEST — Foto: Divulgação/FK TransINVEST

Henrique se sagrou campeão sobre o FA Šiauliai, por 2 a 1, de virada pela Copa da Lituânia. Tratados como “zebra” desde o início da temporada, a equipe foi a primeira da segunda divisão a conquistar o título da taça nacional.

– Acredito que os últimos três jogos da Copa foram especiais. Nos colocaram como zebras o tempo todo, mas isso nos deu mais motivação e vontade pra conquistar o título. Fomos ganhando mais confiança e acreditando uns nos outros cada vez mais ao decorrer dos jogos – relata o centroavante, ao ge.globo.

Em meio ao nervosismo da final e prestes a conquistar o primeiro título da carreira, o camisa nove conta a importância do discurso final protagonizado pelo técnico Giedrius Barevicius, antes do confronto decisivo contra o favorito FA Šiauliai, atual terceiro colocado da Primeira Divisão do país.

– Um ponto-chave para essa campanha foi a nossa conversa no vestiário antes da final. O nosso treinador nos motivou de uma maneira diferente e ali nós sentimos que seríamos campeões – afirma Henrique Devens.

Henrique Devens, MVP na final da Copa da Lituânia — Foto: Divulgação/FK TransINVEST
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Henrique Devens, MVP na final da Copa da Lituânia — Foto: Divulgação/FK TransINVEST

Henrique Devens, MVP na final da Copa da Lituânia — Foto: Divulgação/FK TransINVEST

Além de fazer história como campeão do torneio, Henrique não apenas marcou o nome na história como campeão, mas também sendo o melhor jogador da final. Para o brasileiro, a decisão foi intensa: MVP da final, expulsão e muita festa com direito a champanhe no vestiário.

– Além do primeiro título na carreira, levei o MVP da final o que fez a sensação ser melhor ainda. Ainda ‘dei mole’ e fui expulso por jogar uma segunda bola dentro de campo. Depois do apito final, a festa começou no estádio, passou por ônibus, bar e terminou em uma boate (risos) – conta o camisa nove.

Ida para a Lituânia e planos para o futuro

Até chegar a Lituânia, Henrique saiu do estado capixaba após disputar a Copa SP de Futebol Júnior, de 2014, pelo Aracruz. Depois, chegou a atuar pela base do Espírito Santo FC, mas logo rumou aos Estados Unidos, com bolsa para jogar e estudar. Por lá, passou pelo futebol universitário e depois atuou nas ligas de verão do país. Após experiências na terra do Tio Sam, o atacante deixou o país, por meio do empresário que conseguiu um contrato vindo da Lituânia, região báltica da Europa.

Henrique jogando a Summer League pelo The Villages — Foto: Divulgação/The Villages SC
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Henrique jogando a Summer League pelo The Villages — Foto: Divulgação/The Villages SC

Henrique jogando a Summer League pelo The Villages — Foto: Divulgação/The Villages SC

Antes da grande temporada pelo TransINVEST, Henrique já havia se destacado no futebol lituano. Com passagens por Babungras e Dainava, o jogador colecionou 25 gols em 27 partidas, sendo quatro destes pela primeira divisão. Após chamar atenção por bons números, foi para o futebol búlgaro, no qual não se firmou e voltou à Lituânia, onde já estava adaptado para fazer história.

– A Lituânia é um país muito tranquilo. Vilnius é uma cidade muito charmosa e boa de se viver. O inverno é bem rigoroso e nunca dá pra acostumar, mas por ser um país calmo, hoje me sinto bastante adaptado. Fui bem recebido e já fiz amigos por aqui.

Prestes a disputar a Conference League devido à conquista da Copa Nacional, Henrique não fecha portas ao Brasil, mas declara desejo de se estabelecer um pouco mais na Europa.

– Jogar um torneio europeu é o sonho de muitos jogadores. Quero subir degrau por degrau, evoluir meu futebol e experimentar outras culturas, por isso me vejo na Europa nesses próximos anos. Não fecho as portas ao Brasil, até porque tenho vontade de jogar no meu país, mas preciso evoluir como atleta para ter oportunidade de jogar nas divisões brasileiras mais altas – concluiu.


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