Debate sobre orçamento da cultura está quente


Investimentos em projetos e ações culturais dependem do orçamento da cultura – Foto: DZ Fotografia/Reprodução/NDInvestimentos em projetos e ações culturais dependem do orçamento da cultura – Foto: DZ Fotografia/Reprodução/ND

Proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) apresentada nessa semana pelo governo Jorginho Mello na Assembleia Legislativa deixou o meio cultural em alerta. Isso porque a peça prevê uma diferença de R$ 53 milhões a menos no orçamento de 2024 para a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em relação a 2023. A dúvida que paira no ar agora é: é corte ou não?

A FCC, em nota assinada pelo presidente Rafael Nogueira e publicada nas redes do órgão nesta sexta-feira (6), nega categoricamente que haverá corte no orçamento da cultura, mas pondera que houve sim uma mudança de metodologia por parte do governo, que notifica o montante apenas dos valores relativos ao custeio e gasto pessoal.

“Não haverá cortes. Trata-se apenas de nova metodologia de gestão de recursos pela Secretaria da Fazenda. Em razão disso, buscou-se informar na LOA 2024 somente os valores relativos a custeio e gasto com pessoal. Todos os repasses às áreas finalísticas se farão por igual, sem qualquer redução, porém mediante descentralização financeira, de modo adaptado às solicitações específicas da FCC”, assegurou Rafael.

Presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Rafael Nogueira, assegura que não haverá corte no orçamento da cultura – Foto: Reprodução/NDTV RecordTV/NDPresidente da Fundação Catarinense de Cultura, Rafael Nogueira, assegura que não haverá corte no orçamento da cultura – Foto: Reprodução/NDTV RecordTV/ND

O argumento não convenceu setores das artes e nem a oposição ao governo na Alesc que também tem se manifestado contra a medida. A presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da ALESC, deputada Luciane Carminatti, se disse assustada com o montante “do corte”.

“É um baita susto, uma diminuição drástica no orçamento da cultura e vamos ter que reverter”, adiantou em suas redes socais a parlamentar que também integra a Comissão de Finanças do Legislativo Estadual.

Em valores reais, o governo propõe para 2024 um orçamento de cerca de R$ 40 milhões. Recursos que servem na maior parte para o custeio da estrutura da FCC (média de 27 milhões). Ou seja, sobra pouquíssima coisa para projetos que cheguem efetivamente na sociedade.

deputada Luciane Carminatti quer discutir o orçamento da cultura – Foto: Divulgação/NDdeputada Luciane Carminatti quer discutir o orçamento da cultura – Foto: Divulgação/ND

Para 2023, o orçamento da cultura é de R$ 94 milhões. A diferença é de 56,76% para um setor que atravessa uma difícil fase de recuperação, e que representa mais de 3,71% do PIB nacional!

“Na contramão nacional”

Luciane ainda pondera que a postura do governo catarinense vai na contramão da ação do governo federal, que além de recriar o Ministério da Cultura retomou com força os investimentos na área.

Um exemplo disso é a Lei Federal Paulo Gustavo (LPG), que surge como auxílio emergencial para o setor, devido a pandemia. Esta legislação prevê que estado e municípios devem, ao menos, manter o valor de seus editais como nos últimos anos. à parte da LPG.

Como a proposta da LOA agora tramitará no legislativo e nas suas respectivas comissões a expectativa é que essa dúvida seja desfeita.

Leia a íntegra da nota da Fundação Catarinense de Cultura

Não haverá cortes no orçamento da cultura em 2024

No final da semana passada, o Governo de Santa Catarina encaminhou à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2024.

A tomar por base aquele texto, o orçamento da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) seria em aparência inferior ao de 2023. Constatação que tem provocado a seguinte dúvida: isso representa um corte de recursos para a cultura?

A resposta é: não.

Não haverá cortes. Trata-se apenas de nova metodologia de gestão de recursos pela Secretaria da Fazenda. Em razão disso, buscou-se informar na LOA 2024 somente os valores relativos a custeio e gasto com pessoal.

Todos os repasses às áreas finalísticas se farão por igual, sem qualquer redução, porém mediante descentralização financeira, de modo adaptado às solicitações específicas da FCC; tudo com o objetivo de atender melhor e cada vez mais as peculiaridades da cultura. E da economia criativa.

O governo Jorginho é um governo de continuidade. Mas não só de continuidade: de ampliação, de crescimento, de inovação. É, principalmente, um governo de palavra. De olho no olho. Que cumpre promessas. Que valoriza a criatividade, o talento e o modo de ser dos catarinenses.

O governador tem especial compromisso com a cultura: não a deixará desatendida. Portanto, as ações, os programas, os editais e os prêmios esperados pelo setor cultural vão se manter. E, no que for possível, se desenvolver ainda mais.

Rafael Nogueira
Presidente da Fundação Catarinense de Cultura”

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