Leila Pereira disse que os protestos de torcedores não mudam em nada sua tomada de decisões no clube. Em entrevista coletiva na Academia de Futebol, nesta quarta-feira, a presidente do Palmeiras revelou os valores que investiu desde que decidiu patrocinar o Verdão e condenou as manifestações recentes de torcedores, que picharam muros da sede social do Verdão e de lojas da Crefisa.

“Pressão de organizada não vai mudar uma vírgula”, diz Leila Pereira
– É inadmissível. Pressão é normal, mas é inadmissível atos de vandalismo contra um parceiro que está há nove anos no Palmeiras só colaborando com o clube. Quando a Crefisa e a Fam chegaram, em 2015, um ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. O Palmeiras em 2014 estava quase rebaixado e só não foi rebaixado… Não foi por mérito do Palmeiras. Vocês sabem disso, o torcedor sabe isso. Nós chegamos nessa situação. Ninguém nos procurou, nos espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a Fam já colocaram ao longo desse tempo cerca de R$ 1,2 bilhão.
– Pode ter certeza de que pressão externa de torcida organizada não vai mudar uma vírgula do que pensamos sobre o nosso Palmeiras – disse Leila Pereira.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, em entrevista coletiva — Foto: Emilio Botta
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, em entrevista coletiva — Foto: Emilio Botta
Leila vem sendo alvo de críticas de torcedores do Verdão nas últimas semanas. Os protestos se intensificaram após a eliminação na semifinal da Conmebol Libertadores, contra o Boca Juniors, na semana passada.
– Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. Esses atos de vandalismo contra uma patrocinadora que só colaborou com o Palmeiras. Na pandemia, enquanto a maioria dos patrocinadores cortaram os patrocínios, a Crefisa e a Fam em nenhum momento suspenderam os pagamentos. Por isso que o Palmeiras conseguiu manter o emprego dos nossos trabalhadores intacto.
Na terça-feira, lojas da Crefisa foram pichadas em diversos pontos do estado de São Paulo. As manifestações também pedem a saída do diretor de futebol Anderson Barros.
A Crefisa chegou ao Palmeiras em 2015 e investiu pesado na contratação de jogadores, ajudando a colocar o clube em uma de suas eras mais vitoriosas na história. Desde então, o Verdão conquistou duas Libertadores (2020 e 2021), duas Copas do Brasil (2015 e 2020), três Brasileiros (2016, 2018 e 2020), três Paulistas (2020, 2022 e 2023), uma Supercopa (2023) e uma Recopa (2022).
Nesta temporada, porém, o clube perdeu titulares como Danilo e Gustavo Scarpa e não conseguiu entregar reposição para Abel Ferreira. Em 2023, a diretoria contratou apenas o meio-campista Richard Ríos e o atacante Artur.
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