
Hulk deixa clássico na bronca com arbitragem: ” Eles acham que são maiores que todo mundo”
Para o sindicato, o árbitro foi ofendido em sua honra e moral. Segundo a entidade, a atitude de “dar as costas” em meio a uma reclamação da arbitragem vem de “comissões de arbitragens competentes de todo Brasil. Isso ocorre até mesmo no sentido de preservar os atletas, visto que as reclamações excessivas são passíveis de cartão amarelo”.
Ainda na nota, o Sindicato dos Árbitros de Minas Gerais opinou que as reclamações, muitas das vezes, servem para transferir responsabilidade.
– A arbitragem não pode mais ser usada para transferir responsabilidades e nem justificar o baixo rendimento do clube após os jogos, nem tampouco ser palanque para jogadores, técnicos e dirigentes descarregarem suas frustrações.

Atlético-MG x Tombense; Hulk; Felipe Fernandes de Lima — Foto: Alessandra Torres/AGIF
Atlético-MG x Tombense; Hulk; Felipe Fernandes de Lima — Foto: Alessandra Torres/AGIF
Na zona mista da Arena MRV, após o 2 a 2 no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, Hulk reclamou do árbitro.
– Apenas não concordei com a falta dele, tão pouco ele é obrigado a me dar amarelo. Eu falo para eles, não estou reclamando do trabalho deles, se foi bem, se foi mal, o que eu vou falar é do comportamento dele com nós jogadores. O cara é muito boçal, a gente vai conversar com ele com todo respeito do mundo e ele dá as costas
Confira a nota oficial do sindicato:
O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Minas Gerais (SAMG) vem a público repudiar declarações como a do jogador do Clube Atlético Mineiro, Senhor Givanildo Vieira de Sousa “Hulk”. Em coletiva, após o jogo de sábado (30/03/2024) entre Atlético e Cruzeiro, o “Hulk” chamou o árbitro Felipe Fernandes de Lima de boçal, ofendendo a sua honra e moral, tendo em vista que o termo boçal é utilizado para xingar uma pessoa de IMBECIL, IGNORANTE, ARROGANTE. Um boçal demonstra uma pessoa sem inteligência e educação em suas ações.
A título de informação, a orientação de que, em certos momentos do jogo, o árbitro deve “dar as costas e seguir com o jogo”, vem de comissões de arbitragens competentes de todo Brasil. Isso ocorre até mesmo no sentido de preservar os atletas, visto que as reclamações excessivas são passíveis de cartão amarelo.
O SAMG defende e acredita veementemente na boa conduta, caráter e qualificação de seus árbitros que passam por rigorosos testes físicos, apresentação de documentos e certidões, avaliações de rendimento entre outras exigências para exercer a profissão com excelência e alto rendimento. Portanto, apresentam requisitos suficientes para trabalhar em qualquer partida de futebol em Minas Gerais, Brasil e em outros países.
A arbitragem não pode mais ser usada para transferir responsabilidades e nem justificar o baixo rendimento do clube após os jogos, nem tampouco ser palanque para jogadores, técnicos e dirigentes descarregarem suas frustrações.
Ofensas, Calúnias, Difamação, Injúria, Racismo não cabem mais hoje em dia na sociedade, muito menos no futebol, o esporte mais democrático do Brasil.