Um levantamento realizado pela Woman in Technology revelou que, no Brasil, apenas 20% das vagas de emprego geradas pelo setor de tecnologia são ocupadas por mulheres. A baixa presença feminina nas organizações é resultado de diversos entraves enfrentados durante a carreira em tecnologia.
O assunto foi debatido durante uma palestra realizada no REC’n’Play, nesta quinta-feira (19). O encontro reuniu especialistas no tema. O evento, aliás, movimenta o Bairro do Recife, na área central da Capital pernambucana, até o sábado (21), com programação diversa em vários pontos.
Com 26 anos de experiência no setor, a gerente técnica da Bidweb, Cintia Araújo, destacou que a média mundial de participação feminina é ainda menor, atingindo o índice de apenas 12%.
“Apesar de ser um mercado em franca ascensão, poucas vagas são ocupadas por mulheres. Não podemos colocar outra bandeira senão a da inclusão feminina. Isso precisa acontecer de fato, não só aqui no Recife como também em outros lugares”, afirmou.
A opinião foi compartilhada pela técnica em segurança da informação Beatriz Soares, que ingressou no setor de tecnologia há apenas um ano.
“São números alarmantes, mas para quem quer, é possível começar a trabalhar com tecnologia. É um setor que exige muito esforço e dedicação, mas vale a pena”, observou.
A técnica destacou, ainda, as diversas áreas que abrangem o segmento, aumentando, assim, a variedade de carreiras que podem ser seguidas. “A tecnologia não é só o desenvolvimento, existem várias outras áreas. As mulheres não podem ter o medo de errar porque é com o erro que a gente aprende”, completou.
Evento promove participação feminina no setor
Visando aumentar a participação das mulheres na tecnologia, um evento inédito será realizado em novembro, no Recife. Lançado nesta quinta-feira (19), o Tech Woman 2023 debaterá a importância de destacar talentos femininos no setor.
“Queremos abrir um mundo de possibilidades para as que querem e desejam fazer uma transição de carreira. Além disso, o evento será bastante inclusivo. Daremos condições de entrada, creche e alimentação para que mulheres em vulnerabilidade social também possam usufruir e construir conhecimento”, explicou a empresária Laís Xavier, presidente da Assespro PE/PB.
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