O time inclusivo de Valorant da Team Liquid está confiante de que pode ir além do top-3 do ano passado na edição 2023 do Game Changers Championship, campeonato mundial da modalidade a ser realizado em São Paulo, de 28 de novembro a 3 de dezembro.
Em entrevista ao ge, as jogadoras Natália “daiki” e Letícia “joojina” manifestaram confiança com o desempenho do time brasileiro no cenário internacional depois do título nas duas edições do Game Changers Brazil em 2023.
— O mínimo é levantar o troféu. Eu não me comparo com o ano passado. Eu não me vejo saindo do mundial sem estar levando o troféu — cravou daiki, estrela da equipe que também representou o Brasil no Game Changers Championship em 2022.
— Eu não tenho dúvidas de que a gente está brigando pelo troféu.
No campeonato do ano passado, a Liquid terminou em 3º lugar, atrás da europeia G2 Gozen, a campeã, e a norte-americana Shopify Rebellion GC, a vice.
— No cenário mundial, todo o cenário em si está muito melhor, muito mais forte. As equipes estão mais consolidadas e têm mais tática, mas eu acho que o nosso time está superior a elas — opinou joojina.
Mudanças no elenco
Ela, Vitoria “bizerra” e Isabeli “isaa” entraram em janeiro, em uma reformulação pela qual a equipe passou para a temporada 2023. Só Daiki e a chilena Paula “bstrdd”, do time top-3 do mundo em 2022, continuaram.
— Uma coisa que mudou bastante é a preparação. Fizeram muita diferença, principalmente para este último presencial. A preparação – e como a gente lida com os problemas – é o que está sendo decisivo para a gente estar desempenhando tão bem — avaliou daiki ao comparar os dois elencos.
— Eu estou muito confiante com o time. Este é o time em que eu mais peguei confiança. É um time com o qual eu não tenho medo de quem é o adversário, a gente vai fazer o nosso — pontuou joojina, que antes atuou pela Gamelanders Purple.
Para elas, a Liquid conseguirá bons treinos até o campeonato mundial porque a baixa temporada tem tido campeonatos e o Valorant Challengers Brazil (VCB) terá uma classificatória aberta para o próximo ano, o que incentivará os times a se manter ativos.
Mundial em casa
Neste ano, o Game Changers Championship será realizado no Brasil. No ano passado, aconteceu em Berlim, na Alemanha. Para as duas jogadoras da Liquid, o fator casa é importante para as brasileiras.
— A gente comentou que gostaria de viajar para fora, mas o mundial ser no Brasil vai ser muito bom, porque a gente vai poder ter a torcida a nosso favor e ter amigos e familiares assistindo. Isso vai ser um ponto positivo para nós. A torcida da Liquid nos recebeu muito bem, e esse apoio deles, independente da vitória, nos relaxa — alegou joojina, negando qualquer pressão extra por jogar diante da própria torcida.
— Eu já estive na pele de a torcida não estar a nosso favor, principalmente lá na Europa. Quando a gente jogou contra a G2, era praticamente a torcida inteira torcendo para a G2. Faz uma diferença, sim, principalmente para quem está jogando contra a torcida, porque todo round que você perde ou está um clima meio esquisito, você escuta a torcida vibrando e tudo mais — complementou daiki.
Experiência
Não só a torcida será chave para a Liquid, como também a experiência de daiki e bstrdd terem jogado o campeonato mundial passado.
— É muito bom ter essa experiência, porque as meninas que ganharam eram pessoas muito experientes e tinham muitos anos de CS. Elas já estavam mais do que acostumadas. Era o primeiro mundial de muita gente do meu time no ano passado, e eu acho que isso pesou um pouco. Nos momentos chaves, todo mundo ficava um pouco nervosa e tudo mais. Agora eu e a bastarda, já tendo ido, a gente consegue passar uma confiança maior para as meninas e tem menos chances de as coisas saírem do nosso controle por nervosismo.
O campeonato mundial de Valorant inclusivo terá oito times participantes. Sete deles já estão decididos: Liquid, BBL Queens, G2 Gozen, Evil Geniuses GC, Version1, KRÜ Blaze e Team SMG. Falta a representante do leste asiático. Os confrontos ainda não foram anunciados.