
A falta de conectividade no campo e a pouca afinidade de alguns produtores com tecnologias são impeditivos para o surgimento de uma agtech unicórnio (cujo valor de mercado supera US$ 1 bilhão) na América Latina, segundo a Distrito.
Em relatório, a empresa diz que o cenário vem melhorando com o tempo e com a sucessão de gerações. Do lado das startups, um esforço para capacitar produtores e tornar os produtos simples de usar também tem ajudado a estimular a adoção de novas tecnologias.
Outro desafio do segmento é a concentração das tecnologias nas mãos de grandes corporações. Segundo a plataforma, os riscos inerentes aos longos períodos de validação de soluções favorecem empresas consolidadas, com capacidade para investir no médio e longo prazo.
No entanto, a Distrito discorda de quem atribui a ausência de um unicórnio latino-americano às aquisições por grandes empresas. Dados mostram que 38,8% das agtechs foram compradas por grandes corporações, índice perto da média geral do mercado, de 40%.
A empresa vê sinais de que o ecossistema está amadurecendo: os números de investidores, rodadas e volume de recursos cresceram consideravelmente nos últimos anos.
“Se continuarmos caminhando dessa forma, podemos dizer que o unicórnio agro deve surgir em até 5 cincos”, adiantou o líder de pesquisa da Distrito, Eduardo Fuentes.