O Dia do Idoso, comemorado em 1º de outubro, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reconhecer a importância de adotar ações que possibilitem à população da terceira idade mais qualidade de vida.

Em 2022, o Brasil tinha 32,1 milhões de idosos (pessoas com 60 anos ou mais), o que representava 15,6% da população. O País também apresentou um crescimento de 56% da população idosa em relação a 2010, de acordo com o IBGE.

Diante desses números e dos impactos da transformação digital é muito importante que sejam adotadas políticas públicas para facilitar a inserção dos idosos numa sociedade que está cada vez mais dependente da tecnologia.

Por isso, a Administração Pública e a sociedade devem trabalhar em conjunto para os idosos terem mais facilidade em utilizar os recursos tecnológicos. Também é válido ressaltar que o uso da tecnologia proporciona uma série de benefícios à população da terceira idade.

Um deles é o acesso à informação de maneira plena por meio da Internet. Essa iniciativa, em dúvida, contribui bastante para a aquisição de conhecimento, além de exercitar a mente, a criatividade e o senso crítico.

Com certeza, o aprendizado contínuo é uma ferramenta que colabora para os idosos se sentirem mais motivados e capazes de contribuir para o bem-estar da família. Outro benefício marcante da tecnologia para a população da terceira idade é a socialização.

Isso porque o uso de aplicativos permite conversar com parentes e amigos distantes em tempo real. E o uso de ferramentas tecnológicas também possibilita trocar mensagens de e-mail, visualizar fotos, assistir a vídeos, usar as redes sociais e fazer cursos online.

Todas essas atividades, por mais simples que pareçam para os mais jovens, proporcionam aos idosos mais autonomia e uma maior capacidade de interação. E pensando no bem-estar da população idosa, o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest) conta com o Programa Navegando na Internet na Melhor Idade.

Desde 2001, essa iniciativa agregar valor a pessoas com 50 anos ou mais, que recebem as informações necessárias para utilizar o computador e o smartphone de forma muito didática e lúdica.

Sem dúvida, isso colabora bastante para que o idosos tenham mais condições de fazer diversas tarefas através de dispositivos tecnológicos, como pedir comida, comprar medicamentos, agendar consultas médicas, pagar impostos, acompanhar os dados bancários, entre outras.

Inegavelmente, é preciso manter e aperfeiçoar atividades com foco na inclusão digital e social dos idosos. Essa tendência está ligada diretamente a vários fatores, como a evolução tecnológica e o aumento da população idosa que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), chegará a 2 bilhões de pessoas até 2050, o que representará 20% dos habitantes do planeta.

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*Marcelo Cornélio é diretor-geral do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest). Formado em Sistemas de Informação pelo Centro Universitário São Camilo, onde também fez o curso de MBA em Gestão Empresarial. No setor público de TI, Cornélio ocupou os cargos de gerente de Tecnologia da Informação da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e de diretor de Tecnologia da Informação da Companhia de Tecnologia da Informação de Cachoeiro de Itapemirim (Dataci).

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