Governança além do compliance: cultura de segurança como diferencial de negócio


Nos dias de hoje, é evidente que os CISOs (Chief Information Security Officers) de diversas organizações concordam sobre a crescente necessidade de conformidade como uma jornada que deve ser abordada de forma multidisciplinar e evolutiva. O motor por trás da busca por altos níveis de maturidade cultural em segurança é a implementação contínua de medidas robustas que protejam os negócios contra potenciais ameaças, independentemente do setor.

O Gartner projeta que os investimentos globais em Tecnologia da Informação alcançarão a marca impressionante de US$ 5 trilhões em 2024, impulsionados em parte pelo crescente hype em torno da Inteligência Artificial Generativa (GenAI). Além disso, estima-se que os investimentos em segurança e gerenciamento de riscos aumentem em 14,3% em relação a 2023. No entanto, uma recente falha cibernética que impactou diversos setores e milhares de usuários em todo o mundo destaca não apenas as consequências de um cenário instável, mas também a crescente dependência tecnológica das empresas. Tal incidência evidencia a necessidade urgente de que todas as indústrias reavaliem seus padrões de governança, gestão de riscos e segurança da informação. Este desafio pode ser particularmente difícil para organizações mais resistentes, que ainda veem as medidas de governança como acessórios às operações tecnológicas, em vez de uma parte intrínseca do negócio.

Para que as empresas cresçam de maneira sustentável e garantam sua perenidade, é crucial alinhar as prioridades do negócio a uma cultura de observabilidade, que possibilite a construção de ambientes resilientes frente a riscos e ameaças cibernéticas. Nesta nova realidade, a tecnologia deve assumir um papel de protagonismo, não apenas como suporte, mas como um gerador ativo de receita para as Companhias.

Para enfrentar esses desafios, empresas consolidadas, como a nossa, recorrem a avaliações e padrões de mercado reconhecidos internacionalmente. Dessa forma, cultivamos uma cultura robusta de confiança entre clientes, parceiros e colaboradores, que atesta nossa segurança, confidencialidade, disponibilidade e a proteção dos dados de todos os stakeholders.

Assim, escolhemos seguir padrões rigorosos, como o SOC 2 (Service Organization Control 2), que envolve auditorias conduzidas por avaliadores certificados pelo AICPA (American Institute of Certified Public Accountants). Ao evoluirmos nos testes de segurança de nossas plataformas e implementarmos a conformidade com a SOC 2, simultaneamente institui-se um processo estruturado de observabilidade. Isso não só promove a mitigação de riscos, mas também garante a conformidade com os requisitos normativos, assegurando a confidencialidade e a integridade dos dados em todo o nosso ecossistema.

Essas medidas, ligadas à conduta coletiva e ao comprometimento com o mercado e os stakeholders, vão além da mera conformidade e se transformam em um verdadeiro diferencial de negócio, tanto para nós quanto para nossos clientes. Afinal, em nossa cultura empresarial, o cliente está no centro das nossas ações e deve se sentir seguro ao utilizar nossas soluções.

Alcançar esse nível de conformidade reflete nosso compromisso com critérios internacionais rigorosos, reforçando a segurança que oferecemos aos nossos clientes. Os controles de governança, gerenciamento de riscos e segurança da informação não apenas atendem, mas buscam constantemente superar os padrões de um mercado que, embora adverso, apresenta um enorme potencial de crescimento.

Por: Aline Albardeiro é gerente de Customer Success na Accesstage.


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