André Alves lança “Descobertas de Mim Mesmo”: uma celebração da autodescoberta


André Felipe Alves é um militante das boas causas, preocupado com o bem-estar social e em ajudar o próximo. 

Criou sua própria produtora audiovisual, virou professor e hoje é um profissional respeitado no disputado mercado carioca.

Com várias especializações, incluindo pós-graduações em Cinema, Fotografia e Gestão do Ensino Superior, ele está lançando o livro  “Descobertas de mim mesmo”, com reflexões, poesias e musicas criadas ao longo da sua vida.

Negro, nascido e criado na zona norte do Rio de Janeiro, ele mostra como é lutar contra a ansiedade e a baixa auto-estima que o perseguiram na sua existência. Aos 48 anos, descobriu que tinha Diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que lhe proporcionou uma nova perspectiva sobre a sua identidade.

André Felipe Alves é um verdadeiro exemplo de resiliência, demonstrando como é possível superar adversidades e abrir portas, em um contínuo processo de ensinar e aprender. 

Apesar dos desafios e da busca por aceitação, ele encontrou sua liberdade e identidade, inspirando outros em sua jornada.

Como foram a sua infância e juventude?
São dois períodos muito distintos. Pois minha infância marcada pela separação dos meus pais, violência sofrida por professora na escola (bulling) e a morte violenta de um irmão, morto a tiros por um bandido que viria a ser tio de sangue do seu melhor amigo, também morto por se tornar bandido. Já a adolescência, continuei tentando ser criança procurando recuperar o tempo perdido.

Quando descobriu o talento para o audiovisual?
Eu sempre gostei de coisas eletrônicas, desenho, música, poesia e criatividade. No áudiovisual existe tudo isso.

O que é melhor? Ensinar ou aprender?
Sendo sincero, hoje não vejo muita diferença. Em sala de aula, existem trocas o tempo todo. O docente que se sente detentor de todo conhecimento já está perdido e falido didaticamente.

Como foi descobrir que tinha autismo aos 48 anos?
Um salto para liberdade. Eu já sabia que era diferente, só fui em busca da confirmação.

Que conselho daria para alguém com sintomas como os seus?
Nunca se curve às convenções sociais aprisionadoras. Isso causa uma infelicidade sem precedentes que só machucatá você. Seja livre e não tente copiar o que dizem ser padrão.

Uma lição de vida importante?
Você não é e nunca será perfeito. Procure ser humano. Isso basta para que seja sempre melhor.


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