Por um futebol brasileiro com menos chiliques por causa de arbitragens


Nesta segunda, o que dirão os adeptos da teoria da conspiração criada após o Santos x Coritiba do meio de semana? Um jogo, por sinal, em que o Santos teve um pênalti mal marcado contra ele, mas que teve também uma expulsão absurda de um jogador do Coxa. Se o projeto da CBF é derrubar o Santos, por que ajudá-lo em Itaquera? E o Corinthians? Fará representação reclamando do juiz na CBF? Fez também quando foi beneficiado em algum outro jogo, tipo contra o Grêmio? E o Grêmio, que reclamou naquela noite, reclamou também na noite em que…

Não, não vou dar o giro pelos 20 clubes. Seria fácil fácil. Todos já foram ajudados e prejudicados. Ontem mesmo, o CEO do Botafogo estava querendo a anulação do gol do Cuiabá em um lance que só merecia mais do que um replay para debatermos o que Perri poderia ter feito de diferente. É um absurdo acusar árbitros disso ou daquilo por lances tão rápidos e difíceis, como o do Rio, ou tão interpretativos, como o de Itaquera.

<!–>

É claro que há erros que incomodam, que fazem parte da análise de um jogo, que condicionam uma eliminatória, um campeonato. Não estamos aqui falando das reclamações sobre este tipo de lance e, sim, de qualquer lance. Estamos falando da banalização da revolta.

–>

As arbitragens são boas? Não são. Falham em critérios e, às vezes, conhecimento de regra. Falta coesão, falta formação e falta apoio para a profissionalização dos árbitros. Os clubes estão interessados nela, que mal pergunte? Ou preferem ter o álibi de todos os domingos?

<!–>

Os chiliques andam me incomodando mais do que os erros. Os erros são corrigíveis, os chiliques estão na alma. As teorias conspiratórias são uma espécie de gasolina da nossa sociedade. Imaginem só em um campo fértil como o do futebol.

–>

Não tenham dúvida. Se os clubes e profissionais do futebol adotassem outra postura, isso geraria também outra postura aqui do nosso lado, o da crítica. Consequentemente, torcedores – alguns – talvez ficassem um tico menos nervosos. Não, não precisamos viver em um ambiente de “somos nós contra todos”, de hostilidade, ódio, desconfiança. Que tal melhorar um pouquinho tudo isso? Por um futebol de menos chiliques!


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *