O FUTURO DO FUTEBOL DE SANTA CATARINA. A temporada do futebol catarinense ainda não terminou em 2023, a bola ainda vai rolar pelas semifinais da Copa da Santa Catarina que vai apontar o terceiro representante do Estado na Copa do Brasil do ano que vem, ao lado do Criciúma e Brusque: Hercílio Luz, Marcílio Dias, Avaí e Concórdia. Pela Série B, Avaí e Chapecoense lutam pela contra o rebaixamento, sendo que o time da Capital está mais tranquilo com os últimos resultados. E o Criciúma junta todas as forças nesta reta final pelo sonho de retornar à elite do futebol nacional. Pela Campeonato Brasileiro da Série C, o Figueirense foi a grande decepção. Além de não conseguir ficar entre os 8 primeiros que avançaram para a próxima fase, a situação ficou ainda mais frustrante para a sua torcida pois o time do estádio Orlando Scarpelli chegou na última rodada do turno único brigando contra o rebaixamento. Pela série D, o Concórdia ficou no meio do caminho, Camboriú e Hercílio Luz avançaram para o mata-mata, mas pararam por aí. O melhor momento do futebol catarinense dentro do gramado nesta temporada pertence ao Brusque, que após cair para a “terceirona” voltou a série B disputando o título da C, sendo derrotado pelo Amazonas. Fiz questão de dizer que foi bom no “gramado” porque fora dele, o time brusquense não tem campo para atuar daqui em diante, já que o estádio Augusto Bauer entrou em reforma e o Carlos Renaux, proprietário, não vai mais ceder o seu espaço para o quadricolor que vai atuar em Balneário Camboriú. É possível concluir, portanto, que o ano de 2023 não foi dos melhores para Santa Catarina. O Estadual, inchado com 12 times, teve seus problemas, com arbitragem confusa e nível técnico muito baixo. Pela Copa Santa Catarina, em andamento, os times estão tendo prejuízo para entrar em campo. Ou seja, estão pagando para jogar. É preciso repensar algumas situações de um Estado que gosta de futebol e que há pouco tempo chegou a ter quatro representantes na Série A do brasileiro para espanto da imprensa do eixo Rio-São Paulo que sempre perguntava: qual é o segredo dos times de Santa Catarina? Pois é, o tempo rapidamente mudou e hoje o futebol catarinense não tem representante na elite, se limitando a brigar por algum espaço nas divisões inferiores. A busca por uma solução imediata não é fácil. Pelo contrário, demanda algum tempo e mudança de culturas dos nossos dirigentes acostumados a vícios antigos de gerenciamento de futebol. Repensar o número de clubes e o formato da tabela do Estadual pode ser um primeiro passo, por exemplo. A verdade é que chegou a hora dos dirigentes, da FCF (Federação Catarinense de Futebol) sentar na mesa e discutir com a razão, deixando os interesses individuais e a vaidade de lado para debater o futuro, para que temporadas como a de 2023 não se repitam com as suas derrotas dentro e fora de campo. Que pensem em conjunto em uma solução para que o Estado de Santa Catarina deixe de uma vez por todas, de ser o “zero” na BR 101 quando o assunto for futebol.