Evento de board games reúne dezenas de jogadores no Estado


Dungeon Capixaba mostra que reunir os amigos para partidas de jogos de tabuleiro pode ser uma experiência inesquecível.

Por Gustavo Costa

Um passatempo que se adaptou e encanta novas gerações, os board games (ou jogos de tabuleiro) passaram a ganhar cada vez mais adeptos no país, e no Espírito Santo não é diferente. Jogadores das mais variadas idades se mobilizam e criam grandes eventos, mostrando que a diversão com amigos não precisa ficar restrita aos jogos eletrônicos. Um desses eventos é a Dungeon Capixaba, que desde 2014 promove encontros de board games, card games (jogos de cartas) e RPG (Role-playing Game), na Grande Vitória. O objetivo é apresentar novidades, formar grupos de jogos e ampliar a prática do hobby. A próxima edição do evento acontece no próximo dia 2, no Shopping Mestre Álvaro, na Serra. E a entrada é franca.

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Se antes jogos como Banco Imobiliário, Jogo da Vida ou WAR deixavam a desejar por conta de mecânicas ultrapassadas, os jogos de tabuleiro modernos apresentam regras empolgantes e imersivas, além de componentes que enchem os olhos não apenas de entusiastas como do público em geral. Praticamente todos os assuntos de grande repercussão na mídia pop, como Game of Thrones, Marvel, DC Comics, zumbis, Senhor dos Anéis, entre outros ganham jogos com miniaturas e demais acessórios cada vez mais realistas e vibrantes. E tudo isso está na Dungeon Capixaba, que já foi realizado em shoppings da Serra, Vitória, Cariacica e Vila Velha, sempre com grande aceitação dos capixabas. “O Espírito Santo é um dos Estados em que mais se joga atualmente. O nosso objetivo é tirar as pessoas do virtual, reunir antigos e novos amigos em um dia de jogos”, explicou o professor André Cruz, um dos fundadores do evento que já conta hoje com 60 edições.

De acordo com André, após a pandemia o perfil dos jogadores se modificou. “Antes da pandemia tínhamos como perfil o jogador das antigas, que colecionava jogos e trazia os amigos. Mas quando as pessoas precisaram ficar mais em casa, esses jogadores passaram a jogar com suas esposas e filhos. Com isso, o público de cada edição, que já chegou a ser 300 pessoas jogando, caiu e está voltando pouco a pouco. Por outro lado, é muito legal ver agora casais vindo juntos. É um programa muito legal e diferente para a família”, disse.

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Outro fundador é o administrador de empresas Luiz Junior, que diz que a Dungeon foi um bem-vindo momento de diversão analógica para os capixabas. “O evento têm andado na contramão do digital desde a sua criação e isso só nos faz pensar que a interação humana não será substituída tão cedo. Estarmos cercados de amigos em um momento de lazer é algo que motiva nossos eventos. A Dungeon Capixaba aproximou muitas pessoas, que puderam conhecer um universo de diversão inesperado. Pois estávamos em um ambiente propício aos olhos daqueles que nunca tiveram essa oportunidade de sentar para jogar um jogo de tabuleiro ou mesmo que tivesse certo preconceito com jogos de RPG. Quebramos este paradigma e podemos dizer que depois da Dungeon Capixaba o ES potencializou o número de seus jogadores. Temos registrado mais de mil pessoas que passaram pelos nossos eventos”, frisou ele.


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