A Corregedoria da Polícia Civil afastou na última sexta-feira um delegado investigado por fraude em contratos públicos, informou hoje a Secretaria de Segurança do estado. Uma operação de busca e apreensão encontrou na casa do suspeito, José Brandini Júnior, um grande volume de dinheiro em espécie: R$ 200 mil e € 30 mil.
O policial trabalhava na Divisão de Tecnologia da Informação da corporação, subordinada ao Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol).
Um comunicado emitido pelo órgão não detalha quais contratos teriam sido fraudados. O processo corre em segredo de justiça, sob responsabilidade da juíza Marcia Oshiro, do Foro Central Criminal da Barra Funda.
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Brandini já havia sido investigado em uma outra ocasião, em 2010, quando trabalhava no Detran, por suspeita de fraude num contrato de empresas de informática sem licitação. Mais recentemente o delegado passou a trabalhar no Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), responsável por emissão de RGs em São Paulo, bem como de identificação de criminosos por impressão digital e biometria.
Ontem, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou um investigador da polícia civil por ter ajudado um homem apontado como membro do PCC a emitir um documento de RG falso. A SSP afirma, porém, que o afastamento de Brandini não tem relação com esse outro caso.
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O processo envolvendo o delegado corre em segredo de justiça. O comunicado emitido pela SSP não detalha os crimes pelos quais ele vem sendo investigado, apenas diz que “faz parte de uma investigação iniciada na Polícia Civil para combater desvios de conduta e práticas ilícitas”.
Uma outra pessoa consta do processo como “averiguada” durante as investigações, uma mulher com formação de biologista, cujo papel no caso a SSP não esclareceu. A secretaria também não revelou ainda qual órgão público teria sido alvo de fraude.