Conselheira da Câmara Setorial de Cultura Popular realiza palestra na Universidade Federal de Juiz de Fora – Prefeitura de Poços de Caldas


Data de publicação: 31/10/2023

A presidente da Associação Afro Ancestral de Poços de Caldas e conselheira da Câmara Setorial de Cultura Popular do Conselho Municipal de Política Cultural, Ana Maria de Paula Cruz, participou como palestrante, na última semana, do seminário do projeto “Passados Presentes: patrimônios e memórias negras e afro-indígenas em Minas Gerais”, na Universidade Federal de Juiz de Fora.

Desde o primeiro semestre, ela participa como mestra detentora/pesquisadora convidada da iniciativa de pesquisa, que conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPQ). O projeto parte da experiência da rede Passados Presentes: Memória da Escravidão no Brasil (LABHOI-UFJF-UFF; CLASPITT, LEAFRICA-UFRJ), associada ao Grupo de Pesquisa Emancipações e Pós-Abolição em Minas Gerais (GTEP-MG), com sede na UFJF, em parceria com grupos de pesquisa da UFAL, UFSJ, UFOP, UFV, IFSM e UFMG e está inserido na rede internacional Patrimônio Imateriais Afro-ameríndios e Políticas Públicas na América Latina, com sede na IRD-France.

As pesquisas sobre patrimônios e culturas negras colocam em relevo não apenas as heranças africanas na construção de identidades e patrimônios negros mineiros, mas também a importância das interações afro-indígenas na constituição desse patrimônio e da própria negritude em Minas Gerais.

Investigar as interações afro-indígenas como elemento constituinte da negritude mineira contribui também para os debates sobre a implementação das Leis n° 10639/2003 e nº 11645/2008, que tornaram obrigatório o ensino das histórias afro-brasileiras e indígenas nas escolas.

O projeto estabelece parceria com as comunidades detentoras dos patrimônios imateriais pesquisados (congadeiros, foliões de reis, quilombolas, entre outros), bem como com escolas, gestores e formuladores de políticas públicas, procurando produzir conhecimentos que possam fomentar ações de valorização do patrimônio e da cultura negra e afro-indígena, com impacto na melhoria das condições de vida de grupos historicamente marginalizados.


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *