Live marketing 2025, a convergência entre tecnologia, IA e conexão humana


Os três primeiros dias de SXSW 2025 mostraram algo que já está claro. Estamos vivendo um novo momento de convergência entre tecnologia, sociedade e negócios. Amy Webb, Scott Galloway e outros nomes revelaram como a inteligência artificial, o impacto da solidão e a ascensão de novas mídias como o YouTube estão redesenhando a forma como marcas se conectam com as pessoas.

No Live Marketing, onde experiências ao vivo, engajamento e interação são essenciais, essas tendências representam tanto um desafio quanto uma grande oportunidade. Como transformar tecnologia em conexão real? Como o marketing pode reduzir a solidão e gerar impacto social verdadeiro?

A resposta está na interseção entre inovação tecnológica e a valorização da experiência humana.

1. Do entretenimento à “Inteligência Viva”

Amy Webb apresentou o conceito de “Inteligência Viva”, a fusão entre IA, biotecnologia e sensores. No marketing experiencial, isso significa eventos que se adaptam em tempo real aos sentimentos e comportamentos das pessoas:

IA como orquestradora invisível, personalizando a experiência de maneira preditiva e emocional.

Wearables e sensores que respondem à emoção do público, criando experiências imersivas e sensoriais.

Interfaces neurais e robôs bio-híbridos abrindo caminho para ativações de marca inéditas.

O desafio do Live Marketing agora é integrar essas tecnologias sem perder a autenticidade, criando experiências que impactam e conectam.

2. Do digital ao tangível. O fim da publicidade passiva

Segundo Scott Galloway, o YouTube vai liderar como plataforma de podcasts e conteúdos ao vivo. O futuro do engajamento de marca passa por:

Eventos híbridos, com transmissão imersiva e participação em tempo real.

Conteúdo interativo, que aproxima público e marca de forma mais autêntica.

Criação de comunidades, indo além do patrocínio para experiências que geram pertencimento.

O Live Marketing deve ser a ponte entre o digital e o físico, promovendo conexões reais que se expandem no ambiente online.

3. A sociedade da solidão e o marketing da conexão humana

Galloway alertou: a solidão será o maior desafio social da próxima década. A resposta do Live Marketing precisa ser criar:

Experiências que promovam encontros reais e significativos.

Ativações que incentivem a troca e a construção de comunidade, combatendo o isolamento.

Eventos como antídotos à superficialidade digital, proporcionando pertencimento genuíno.

Aqui, o marketing deixa de ser uma ferramenta de venda e passa a ser um agente de reconstrução social.

4. O Novo consumidor exige previsão estratégica

Amy Webb reforçou que o futuro depende das decisões que tomamos agora. Para as marcas:

IA preditiva será chave, permitindo que eventos se adaptem ao comportamento do público em tempo real.

Storytelling dinâmico, com narrativas que evoluem conforme a participação da audiência.

Ética e impacto social como parte fundamental da estratégia.

Live Marketing será, cada vez mais, uma disciplina de análise de dados, previsão de comportamento e criação de experiências culturalmente relevantes.

5. Do Público à Comunidade

O SXSW 2025 deixou claro: o futuro da comunicação de marca será centrado em comunidades, não em públicos.

Pessoas querem participar, cocriar e pertencer.

As marcas serão hubs de experiências compartilhadas, que promovem colaboração, gamificação e engajamento imersivo.

O futuro do Live Marketing está na convergência entre tecnologia e humanidade. As marcas que entenderem esse novo papel terão vantagem competitiva. Não é mais só sobre vender produtos, mas sobre ajudar a reconstruir conexões sociais, combater a solidão e criar comunidades reais.

No mundo da IA, a humanidade será o verdadeiro diferencial.

Brenda Maia é CEO da Eagle Agência


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