Felipe Neto e John Textor retrucam CBF após ameaça de processo por acusações sobre jogo do Botafogo


O influenciador Felipe Neto e o dono da SAF do Botafogo, John Textor, não ficaram calados diante do anúncio de que a CBF vai ingressar com ação judicial contra os dois. Ambos acusaram a confederação de ser corrupta e criticaram a arbitragem da partida entre Botafogo e Palmeiras, vencida pelos paulistas por 4 a 3 de virada. O brasileiro utilizou as redes sociais para continuar acusando a CBF, enquanto Textor emitiu uma nota em tom de indireta. O STJD suspendeu preventivamente o presidente da SAF e o vice-presidente do Botafogo, Vinicius Assumpção.

Logo que a entidade afirmou que entraria com ação contra os botafoguenses, Felipe Neto foi ao X (antigo Twitter) para manifestar-se. “Se o processo da CBF vier, dedicarei todas as minhas redes para expor todos os casos de corrupção da entidade. Vai ter muita história para contar. A CBF está com raiva de ser chamada de entidade corrupta”, escreveu. O influenciador também se valeu de ironia e compartilhou notícias sobre denúncias contra a entidade. “Sua história e de honestidade e bom trabalho, tudo mundo ama a CBF no Brasil, jamais que ela pode ser chamada de corrupta”.

Textor terá seu primeiro processo criminal aberto, enquanto Neto já possui ao menos três. Entretanto, a entidade deve recuar e processar apenas Textor, noticiou o jornal O Globo. A justificativa é que Felipe Neto é torcedor e, portanto, tem o direito da manifestação, enquanto o empresário é gestor de um clube e atacou diretamente o presidente Ednaldo Rodrigues.

A expulsão de Adryelson, do Botafogo, foi motivo de reclamação. Depois do cartão vermelho, o Palmeiras, comandado por Endrick, virou a partida. Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

STJD suspente Textor e vice-presidente do Botafogo

Baseado em pedido da Procuradoria de Justiça Desportiva, o STJD suspendeu preventivamente por 30 dias John Textor e o vice-presidente do clube, Vinicius Assumpção. A decisão da presidência do STJD considerou as acusações do presidente da SAF uma infração grave. Além disso, a suspensão também se ancora na invasão de Textor no local da partida e ofensa à honra com motivação relacionada ao esporte.

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Já Vinícius Assumpção foi indiciado somente pela ofensa. Na decisão, a presidência do STJD informa as provas apresentadas pela Procuradoria “demonstram, sem dificuldade, o suficiente para a formação de um juízo de probabilidade a respeito da pretensão punitiva”. A supensão pode durar menos de 30 dias se o julgamento da Comissão Disciplinar competente pelo caso for anterior a esse prazo, segundo o presidente do STJD, José Perdiz.

Mais cedo John Textor reativou a conta no X. Ele não utilizava a rede desde março, quando reclamou de negatividade. No perfil reativado, Textor compartilhou uma nota na qual explica se sentir desafiado por pessoas “em posição de poder” e promete “botar fogo” no futebol brasileiro, em nítida indireta à CBF.

“Nossas ambições são claras pelo nosso nome… Botafogo. Eu, profunda e apaixonadamente, invisto nas comunidades as quais eu sirvo. Meu amor pelas pessoas do Brasil cresce forte a cada abraço. Eu fui convidado aqui, por pessoas sábias no nosso governo, para ajudar a trazer mudança para o bonito jogo do Brasil e eu não vou recuar quando desafiado por pessoas em posição de poder que vão fazer de tudo, e falar de tudo, para se prender ao poder. Nós somos Botafogo. Eu estou aqui para botar fogo”, disse Textor.

As reclamações dos botafoguenses com a CBF

O atrito da CBF com o Botafogo começou ainda antes da última partida do time. Há duas semanas, a entidade adiou o confronto entre Fortaleza e Botafogo, que seria realizado no dia 23 de outubro, uma terça-feira. O adiamento ocorreu por uma sucessão de fatos. O time carioca havia entrado em campo três dias antes, em um sábado, para enfrentar o Athletico-PR, mas problemas na energia do Engenhão fizeram com que o jogo fosse terminado apenas no domingo.

Mesmo assim, o Botafogo queria jogar contra o Fortaleza na terça por entender que seria beneficiado por enfrentar um rival com reservas – o time cearense estava se preparando para a decisão da Copa Sul-Americana. A CBF, no entanto, não concedeu o pedido e confirmou o adiamento do embate, a ser disputado no dia 23 de novembro (quinta-feira).

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O Botafogo não engoliu a decisão e viu os ânimos se inflamarem novamente no duelo direto pelo título do Brasileirão, frente ao Palmeiras. O time carioca reclama da expulsão de Adryelson. Na ocasião, vencia por 3 a 1, mas entende que o atleta não deveria ter recebido o cartão vermelho no lance com Breno Lopes, aos 30 minutos do segundo tempo.

Com um a menos, o Botafogo acabou sendo dominado pelo Palmeiras, que virou o placar por 4 a 3 já no último lance da partida. Textor, assim como outros dirigentes do clube, entrou em campo revoltado com a arbitragem e chegou a pedir a renúncia de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Revoltado ou não com a situação, o Botafogo continua na liderança do Brasileirão, com 59 pontos, três a mais do que o Palmeiras, que tem um jogo a mais. O próximo desafio é diante do Vasco, na segunda-feira, às 19h, em São Januário, no Rio, pela 32ª rodada.


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