Desenhos, cartazes e livros que abordam a cultura afro e as temáticas raciais compõem a mostra “À Flor da Pele”, em cartaz no Beco da Cultura, no corredor entre o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM) e a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, localizada na Praça Antônio Carlos, Centro. A visitação é gratuita e livre para todos os públicos, das 8h às 18h, nos dias 7, 8, 9, 10, 13, 14, 15 e 16.
 

No Mês da Consciência Negra, a exposição busca promover reflexões sobre as tradições de origem afro que seguem influenciando nosso estilo de vida, como uso de tranças e lenços, os alimentos, a dança e a espiritualidade, entre outros. “As tradições do povo negro são marcas de nossa ancestralidade que, em nosso caminho, ajudam a identificar uma parte importante do que somos nós”, destaca o texto de apresentação, assinado pelo pesquisador Eduardo Faria, funcionário da biblioteca. “Mais do que dar respostas, a exposição quer provocar em cada pessoa que por aqui passar uma pergunta importantíssima: o que vejo em mim desta rica tradição deixada pelos negros?”
 

A mostra mobilizou os funcionários da Biblioteca Municipal Murilo Mendes. “Nossa equipe foi responsável pela pintura das imagens, pela confecção dos cartazes e pela seleção dos livros”, conta a supervisora da unidade, Jaqueline Trovato. Ela destaca o apoio do CCBM, citando que a montagem foi do funcionário Leandro do Reis Gomes. Os dois equipamentos culturais são mantidos pela Prefeitura de Juiz de Fora e geridos pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).
 

As publicações em destaque nas vitrines da mostra são:
 

– “Escravidão – Da corrida do outro em Minas Gerais até a chegada da corte de Dom João ao Brasil” | Laurentino Gomes

– “1808” | Laurentino Gomes

– “Múltiplo Viveres de Afrodescendentes na Escravidão e no Pós-emancipação – Família, Trabalho, Terra e Conflito (Juiz de Fora – MG, 1828-1928)” | Elione Silva Guimarães

– “Cotidiano e Escravidão Urbana na Paróquia de Santo Antônio do Juiz de Fora (MG) . 1850-1888” | Caio da Silva Batista

– “Aspectos Cotidianos da Escravidão em Juiz de Fora” | Elione Silva Guimarães e Valéria Alves Guimarães

– “Violência entre Parceiros de Cativeiro – Juiz de Fora, Segunda Metade do Século XIX” | Elione Silva Guimarães

– “O Negro Brasileiro e o Cinema” | João Carlos Rodrigues

– “O Negro na Bahia” | Luiz Viana Filho

Foto: Divulgação