Arte é o tema da celebração do Men of The Year deste ano, que ocorre no próximo dia 5 no Rosewood em São Paulo. A premiação badalada joga os holofotes nas grandes personalidades de 2023 na moda, nos negócios, no esporte, na cultura e em outros campos marcantes. Veja aqui os vencedores do ano passado.
Se futebol foi o assunto no ano de Copa do Mundo, desta vez a festa faz referência à cultura brasileira em suas diversas formas. E para servir de esquenta à cerimônia, a redação seleciona 4 nomes da arte para ficar no seu radar:
Em setembro, Gabriel Massan (26), natural de Nilópolis no Rio de Janeiro, exibiu uma instalação que mescla arte plástica e videogame na Serpentine North Gallery, em Londres. Em Third World: The Bottom Dimension, Gabriel cria um universo digital em duas fases pelo qual tece, a respeito do decolonialismo, visões sobre memória, cura e destruição.
Ainda que também projete esculturas, por exemplo, Third World é uma forma de expressão hoje natural para o jovem que há anos é conhecedor de games (a começar inclusive por um fascínio pelo simulador de vida suburbana The Sims), mídia interativa que atiçou seu interesse pela programação. Seu primeiro game foi entregue ao público em 2020 para o Festival Imersivo das Favelas. Formado pela escla de artes Futuros, Massan passou um tempo durante a pandemia em uma residência artística em Saragoça, na Espanha.
Yhuri Cruz, 32, não nasceu querendo ser artista. Muito pelo contrário: cursou Ciências Políticas com o objetivo de se tornar diplomata. Por alguns anos, juntou dinheiro dando aulas de inglês – parte desse recurso foi usado para financiar sua primeira individual, Pretofagia, em 2019, segundo conta em entrevista recente.
Artista visual e escritor, Yhuri, que nasceu em Olaria, Rio de Janeiro, usa plataformas distintas para contar histórias que se baseiam em narrativas negras, entre elas criações textuais ou visuais e proposições instalativas e performativas. Em outubro, foi um dos seis selecionados na oitava edição do Prêmio FOCO ArtRio
As instalações do Movimento (que busca valorizar a cultural do povo Huni Kuin, do Acre), saudaram visitantes do segundo andar da 35ª Bienal de São Paulo, cujo objetivo foi reunir talentos negros e indígenas em uma exposição de expressões diversas. Nos grandes paineis multicor criadas pelo coletivo, o objetivo foi imprimir em tinta os efeitos da Ayahuasca, comumente usada em ritos Huni Kuin.
Em março deste mesmo ano, o Mahku também foi tema de mostra no MASP. Mahku: Mirações havia levado a São Paulo 108 pinturas, desenhos e esculturas inspiradas em seus costumes.
O Movimento dos Artistas Huni Kuin vem lá para o final década de 2000, quando um grupo se juntou para traduzir em desenhos e figuras cantos tradicionais de seu povo através de cursos de Licenciatura Indígena na Universidade Federal do Acre (UFAC).
Além de estrear sua primeira individual, Tudo é a forma que fala, na Galeria Triângulo, o carioca Zé Tepedino também foi assunto do curta-metragem Zé, dirigido por Pablo Aguiar. Tepedino usa cstura, pintura e escultura como meios de mostrar seu lhar sobre as coisas cotidianas. “Nas minhas jornadas diárias no Rio de Janeiro, tenho encontros com materiais,espaços e situações prosaicas que escolho para serem revisadas poeticamente, reorganizadas ou apenas destacadas”, diz em sua página oficial.
O artista chegou a competir no surfe na juventude, mas se dedicou à arte através da faculdade. No ano passado fez sua primeira residência artística na Bélgica, trabalho do qual resultou sua individual exibida esse ano.
Essa edição do Men of The Year conta com o patrocínio de Dr Jones e Itaú Personnalité e o apoio de Boss, Bulova, Campari, Freixenet, Montblanc e Range Rover.