Morre Lydio Bandeira de Mello, autor do painel da antiga Caixa Cultural, aos 94 anos


Em 1961, conquistou o prêmio de viagem ao exterior, seguindo para a Itália, onde viveu por três anos e pintou dois afrescos para a igreja do Santuário de Poggio Bustone, no Vale de Rieti. De volta ao Brasil, venceu, em 1969, o concurso para a elaboração do projeto do grande mural para nova sede da Caixa Econômica Federal, que ocuparia o número 25 da Avenida Almirante Barroso, no Centro do Rio.

O painel, representando o povo brasileiro e sua cultura, era composto por duas superfícies planas, de 32 metros de comprimento por 4 metros de altura, num total de 250 m². A complexa instalação da estrutura, composta por 80 placas, utilizava um sistema de pinos e parafusos, presos a buchas na parede. O painel permaneceu como um dos trabalhos mais conhecidos de Bandeira de Mello, até o final do ano passado, quando foi desmontado para que o espaço, já entregue pelo banco, pudesse ser ocupado por seu novo locatário, a rede de utilidades domésticas Casas da Mamãe. Atualmente, a Caixa Cultural do Rio está em uma nova sede, no número 38 da Rua do Passeio, também no Centro.

Em 2010, o artista, que completara 80 anos no ano anterior, foi homenageado com a panorâmica “Bandeira de Mello – Eu existo assim”, que passou pelas sedes da Caixa Cultural do Rio, São Paulo, Salvador e Curitiba. O pintor seguia dando aulas de desenho de modelo vivo em seu ateliê, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio.


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