
A Arm, fabricante de chips, disse nesta terça-feira (5) que pretende arrecadar até US$ 4,87 bilhões em sua oferta pública inicial na Nasdaq, em Nova York, de acordo com um documento obtido pela CNBC. O acordo pode subir a avaliação da companhia para US$ 52 bilhões.
A empresa apresentou seu registro atualizado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, estabelecendo a projeção de tornar-se mais vez uma empresa de capital aberto. A Arm já foi listada duplamente, nas bolsas de Londres e Nova York, antes de o SoftBank adquiri-la por US$ 32 bilhões, em 2016.
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Como empresa britânica, a Arm se qualifica como emissora privada estrangeira nos EUA e suas ações contarão como American Depositary Shares (ADS). A Arm listará 95,5 milhões de ADSs a uma faixa de preço entre US$ 47 e US$ 51. No limite superior dessa faixa, a CNBC estima que a empresa provavelmente levantará até US$ 4,87 bilhões. No limite inferior, o IPO renderia US$ 4,49 bilhões em capital novo.
Ao lançar a empresa em Nova York, a Arm pretende explorar um grande conjunto de fundos institucionais. A companhia procura aumentar os seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, especialmente à medida que procura crescer dentro do mercado de inteligência artificial com alguns dos seus chips mais recentes.
Apenas 9,4% das ações da Arm serão negociadas livremente na Nasdaq, com a expectativa de que o SoftBank detenha cerca de 90,6% das ações em circulação da empresa após a conclusão do IPO.
Maior IPO de tecnologia do ano
A listagem da Arm promete ser o maior IPO de tecnologia do ano. De acordo com os investidores, a oferta pode “dar nova vida a um mercado de IPO que está, em grande parte, congelado desde 2022”.
A companhia vê um enorme potencial de receita para sua tecnologia, dizendo em seu pedido de IPO que teve um mercado endereçável total (TAM) de US$ 202,5 bilhões no ano passado. A empresa vê esse valor aumentando para US$ 246,6 bilhões até o final de 2023.
A Arm também afirma que seus processadores e plataformas de software com eficiência energética estão integrados em mais de 250 bilhões de chips em todo o mundo, em produtos que vão desde sensores e smartphones até supercomputadores.
A empresa estima que detém uma participação de aproximadamente 48,9% no mercado de semicondutores.
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