Instituto Soberano de Cultura promete fortalecer o cenário artístico de Petrópolis


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domingo, 03 de dezembro de 2023

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Instituto Soberano de Cultura promete fortalecer o cenário artístico de Petrópolis

Previsto para inaugurar em 2024, ISC vai promover diversos projetos gratuitos voltados à comunidade


 Foto: Alcir Aglio / Diário de Petrópolis

Larissa Martins – especial para o Diário

Dois mil e vinte e três trouxe consigo muitas surpresas e, para fechar o ano com chave de ouro, Petrópolis recebeu a notícia que agora sediará uma instituição de grande importância para a cultura, a arte e a educação: o Instituto Soberano de Cultura. A iniciativa tem como um dos pilares a promoção da cultura e a defesa do patrimônio artístico da Região Serrana, com a valorização e promoção da música, dos profissionais da área musical e de outras manifestações artísticas, além de ações culturais relacionadas à difusão, promoção e formação de público local. O Instituto Soberano de Cultura prevê a elaboração e execução de planos, programas e projetos artísticos voltados para a música, além da produção e criação de produtos, publicações, serviços, espaços virtuais, peças de comunicação, multimídia, divulgação e promoção institucional da organização. 

A educação será também um eixo importante, com a realização de ações de educação gratuita relacionadas ao aprendizado, ensino, pesquisa e divulgação do pensamento, da música e nas artes em geral. Neste sentido, o desenvolvimento de projetos que desenvolvam atividades escolares junto a professores e alunos do ensino público petropolitano, visando o fortalecimento da Identidade Cultural, o desenvolvimento da Escuta Ativa e Crítica, a conexão entre gerações, além do estímulo à interação e empatia, a capacidade docente, à expressão e reflexão, assim como promoção da valorização da diversidade musical. 

Ainda em processo de elaboração, no dia 30 de novembro, o CNPJ do Instituto foi registrado no cartório, assim nascendo oficialmente o ISC.

O Diretor-Presidente, Sérgio Saraceni, que se destacou como compositor de trilhas sonoras e tem um extenso currículo no cinema e na televisão, conta com orgulho que esse é um sonho dele e da esposa que se realiza. “Quando o Soberano foi criado, em 2021, eu e a Raquel ainda tínhamos o sonho de futuramente criarmos um instituto que pudesse levar educação musical às crianças menos favorecidas de Petrópolis. Esse projeto é a continuidade do Soberano que todos já conhecem. Ele terá como sede o mesmo espaço já utilizado pela casa, aqui em Itaipava”, conta Sérgio.

Pablo Castellar é o Diretor Artístico escolhido para dar vida ao ISC.  Ele, que por oito anos ocupou o cargo de diretor artístico da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, abraça com satisfação o novo cargo. “A trajetória repleta de realizações e contribuições artísticas desse casal é o próprio retrato da paixão pela cultura e busca incessante pela excelência artística que pretendemos trazer para a Região Serrana por meio deste Instituto. Compartilho do comprometimento inabalável deles com a arte e a cultura e, juntos, por meio deste Instituto, pretendemos celebrar a diversidade cultural, fomentar a inovação e enriquecer artisticamente a Região Serrana. Estamos totalmente dedicados a construir um espaço vibrante de arte, música e educação, visando deixar um legado cultural duradouro para toda esta comunidade”, celebra.

Ele explica que os projetos produzidos serão trabalhados por meio das leis de incentivos fiscais. “Vamos criar um plano anual de atividades que irão fortalecer instituições e abrir portas para os participantes se capacitarem na área musical. As apresentações não ficarão limitadas ao Soberano, queremos que os participantes também tenham oportunidades de realizarem performances externas”, relata Castellar. 

Conselho curador de peso

O ISC contará com um conselho curador de figuras artísticas notáveis que vivem na Região Serrana e alguns nomes já estão confirmados, como por exemplo, o do cantor e compositor Ivan Lins, que já protagonizou inúmeros shows na casa. “O Instituto Soberano de Cultura será um farol de inspiração e transformação na Região Serrana, trazendo luz às artes, à música e à cultura, guiando-nos rumo a um horizonte de riqueza cultural e desenvolvimento para toda a comunidade”, diz.

O compositor Dori Caymmi, que construiu uma trajetória destacada na música brasileira, explica o sentimento após receber a notícia da criação do Instituto. “É com muita satisfação que vejo essa iniciativa da criação do Instituto Soberano de Cultura. A Região Serrana, local onde vivo, é um espaço onde cultivamos arte. Além do patrimônio arquitetônico e histórico, essa é uma região de importantes festivais, onde trabalham artistas plásticos, artesãos, atores, músicos, bailarinos e que também abriga importantes grupos tradicionais como, por exemplo, os Canarinhos de Petrópolis, há mais de 80 anos em atividades ininterruptas. Toda essa riqueza faz parte da identidade cultural da Serra fluminense e esse Instituto será um elo importante para enriquecimento e reconhecimento dessa paisagem artística desta bela comunidade”, comenta.

Outro grande admirador do projeto e frequentador assíduo do Soberano, o jornalista, radialista, empresário e dirigente esportivo Kleber Leite não esconde a sua satisfação. Segundo ele, a iniciativa vai fortalecer os laços comunitários. “O Instituto Soberano de Cultura é um projeto inovador que carrega consigo o poder de transformar a Região Serrana, promovendo a cultura, a arte e o desenvolvimento local. Sua missão é como um verdadeiro gol de placa, fortalecendo os laços comunitários através da valorização das expressões artísticas, e assim, construindo um legado sólido para as futuras gerações”, declara.

O entusiasmo com a criação da nova entidade já toma conta de toda equipe. Ricardo Nunes, Diretor Administrativo e Financeiro, não esconde a satisfação. “Estou muito feliz por participar desse projeto de tamanha relevância para toda a Região Serrana do Rio de Janeiro, onde realizaremos importantes eventos voltados para toda a comunidade, envolvendo educação, música e a arte. Este será o propósito do nosso trabalho que tem a idealização e o sonho do casal Sérgio e Raquel Saraceni. Enfim, um legado para a cultura!”, comemora.


 Foto: Alcir Aglio / Diário de Petrópolis

Origem

Inaugurado há pouco mais de um ano, o Soberano oferece em seu espaço físico diversos ambientes que incluem o reservado Espaço Havana, dedicado aos amantes da charutaria, o Espaço Ruy Castro, dedicado à gastronomia e à cultura em uma varanda externa, além da sala de espetáculos, cujo conforto, acústica e iluminação a faz ser considerada uma dos melhores do país, tendo recebido nomes como Ivan Lins, João Bosco, Edu Lobo, Adriana Calcanhoto, Lenine, Guinga, entre tantos outros, além de espetáculos estrelados por Maitê Proença e Clarice Niskier.

Os idealizadores

Diretores-executivos e presidente/vice-presidente do Instituto, o casal Raquel e Sérgio Saraceni já trabalhou junto como músicos. Sérgio produziu o seu primeiro disco, “O Tempo Me Guardou Você”, cuja faixa-título é de Ivan Lins, que também participou da gravação. Antes de se tornar sócia de Sergio na vida e no Soberano, Raquel, que é franco-brasileira, trabalhou como guia intérprete e conferencista na França por 21 anos. Em 1986, os dois se conheceram, mas, foi há 12 anos que se reencontraram e, desde então, não se separaram mais. Antes, ainda nos anos 80, então com 17 anos, foi uma das fundadoras do Teatro Oficina – dirigida por José Celso Martinez Correia, em São Paulo – onde, além de atriz, se ocupava com o registro audiovisual. Posteriormente, teve uma breve carreira no cinema, com participação em filme de Cacá Diegues e Neville de Almeida.

Já Sérgio Saraceni, formado, em 1973, pela BerkleeCollegeof Music, em Boston, assinou sua primeira trilha sonora em 1977, quando tinha 25 anos, para o filme “Anchieta, José do Brasil”, dirigido pelo seu tio, o cineasta Paulo César Saraceni. Em seguida, produziu a trilha de três longas de Nelson Pereira dos Santos e de filmes como “Nunca Fomos Felizes” (Murilo Salles), “Os Trapalhões e o Rei do Futebol” (Carlos Manga), “O Rei do Rio” (Fábio Barreto) e “Policarpo Quaresma – Herói do Brasil” (Paulo Thiago), entre outros. Na TV, destacam-se “Roque Santeiro”, “O Tempo e o Vento”, “A Muralha”, “Dalva e Herivelto: Uma Canção de Amor” e “O Cravo e a Rosa”.

Diretor Artístico

Pablo Castellar é diretor-presidente da Artemundi Produções Culturais. De julho de 2011 a março de 2019 ocupou o cargo de diretor artístico da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, onde lançou 8 temporadas com mais de 400 programas. Elogiados pela crítica, muitos figuraram na lista dos melhores concertos do ano no jornal O Globo. Escreveu e apresentou durante este período o programa semanal Radio OSB, na MEC FM.

Após 10 anos como diretor artístico e coordenador de produção na G.L. Produções, fundou em 2009 a Artemundi Produções Culturais. Neste mesmo ano assumiu como professor nos cursos de Pós-Graduação em Produção Cultural e MBA em Gestão Cultural, na Universidade Cândido Mendes. Também já realizou cursos, seminários e palestras em outros estados e no exterior. Trabalhou com importantes instituições, tais como os teatros municipais de São Paulo e Rio de Janeiro, Sala Cecília Meireles, Academias Brasileiras de Letras e de Música, FUNARTE, Instituto Moreira Salles, Centro Cultural Banco do Brasil e Caixa Cultural. 

Construiu parcerias institucionais com diversas embaixadas tais como Áustria, Estados Unidos, Itália, França, Portugal, Espanha, México e Azerbaijão. Participou da criação de projetos de celebrações nacionais e internacionais, como os 450 anos do Rio de Janeiro, os 200 anos da Revolução de Maio, na Argentina, a Copa da Cultura, na Alemanha, e os 110 anos da Academia Brasileira de Letras. Produziu diversas óperas, séries de concertos, shows, CDs, DVDs, filme de longa-metragem, festivais de teatro e música, circuitos musicais nacionais e eventos de difusão da cultura brasileira no exterior.


 Foto: Alcir Aglio / Diário de Petrópolis

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