O Retrô terminou 2023 caindo de pé, literalmente, nem mesmo o sentimento de frustração ao ser eliminado pelo Maranhão nas oitavas de final da Série D, abalou a confiança do jovem clube, que promete voltar cada vez mais forte na próxima temporada. Apesar das dores da desclassificação, nos dias seguintes, o sentimento da Fênix de Camaragibe já era “vamos planejar 2024”. Diante disso, o diretor de futebol, Gustavo Jordão detalhou o planejamento nas competições, o acesso para a Série C será novamente o principal objetivo e mirou cerca de sete reforços pontuais para qualificar o elenco.

Em entrevista ao podcast do clube, o dirigente explicou as ideias do Retrô para a próxima temporada. E garantiu que a torcida azulina terá um elenco mais forte para torcer, principalmente depois das saídas que abriram vagas para contratações, e ressaltou o alto número de competições.

“No dia seguinte (eliminação na Série D) a gente já estava pronto, já queríamos jogar de novo. Já estamos montando o elenco de 2024, já está com planejamento feito. Eu acho que nesses dois ou três dias a gente já vamos anunciar o técnico. A gente já conversou com cinco ou seis técnicos, conversamos com mais de 20 jogadores. Caímos de pé, a gente evoluiu, o Retrô evoluiu. A gente saiu no segundo mata-mata no jogo com erro individual”

“Temos 11 atletas que tem contrato com Retrô até o final do ano de dois 2024 que estão emprestado na série B e C do Brasileiro, que os clubes vieram atrás. Então, são atletas de referência, temos o Edson que está no Vitória da Bahia, o Carlos Eduardo que está na Chapecoense, Israel que está no Brusque, está brigando pelo acesso. O Alencar que foi para o Paysandu que está brigando pelo acesso. O Kevin, lateral esquerdo, que está brigando pelo acesso no Paysandu. O Radsley e o Luisinho que está no Botafogo-PB. O Guilherme Paraíba que se classificou com o São Bernardo. Todos esses jogadores nós temos contratos prorrogados”

“Já começa um ano muito forte, com a expectativa de jogar uma pré-Copa do Nordeste, que para gente vai ser importante. A gente vai pra pré-copa com sangue no olho, o que vai definir é o jogo, o momento de circunstâncias, que às vezes é um empoderado, é uma coisa que não temos controle. Mas pode ter certeza que o Retrô vai forte novamente. Todas as competições que a gente joga, queremos sempre ganhar. Mas a grande competição da gente é o acesso, todo ano é o acesso, até a gente conseguir chegar na Série B do Brasileiro”

“A Série D guardadas as proporções é um campeonato muito difícil. Só quem jogou sabe como é difícil, são 64 clubes que sobem quatro. Numericamente, você já vê um absurdo. É uma competição muito difícil, guardadas as proporções ela é uma libertadores. Porque você pega times considerados pequenos, mas que jogam por por muita coisa, pelas famílias dele, é uma competição difícil, de muita força. Eu costumo dizer, ela é o calabouço do futebol brasileiros, se você viu o campo que a gente jogou em Pacajus no primeiro jogo, isso é algo que não devia nem ter futebol”

“Eu acredito que isso é muito das administrações que esses grandes clubes tiveram, as más administrações. Eu estou falando de investimento errado, coloca os pés pelas mãos, gasta mais do que pode, não estrutura, não se planeja e isso reflete dentro do campo. Eu acho que a federação é menos culpada de tudo isso, porque quando se toma a decisão ninguém consulta a federação. Então não tem que culpar, todo mundo tem uma parcela de culpa. Acho que a federação é a menor de todas, inclusive acho que ela tem evoluído bastante”