
Empresa de Campos Novos conta com um setor exclusivo para soluções tecnológicas ao produtor rural.
Campo e tecnologia nunca estiveram tão alinhadas na busca pela excelência na produtividade como estão agora. E esta conexão imprescindível e indispensável passa por sistemas de ponta, que além de entregar equipamentos inovadores, oferecem ao produtor rural, softwares que visam a otimização do espaço de plantio a colheita. É ou não é um sonho de consumo dos agricultores?
E se há um certo tempo estas ferramentas tecnológicas estavam distantes do homem do campo, com a Era Digital, este setor avançou tanto que as informações vieram parar na palma da nossa mão. Justamente neste sentido, a empresa Napalha de Campos Novos, Concessionária John Deere, criou o Centro de Soluções Conectadas e há anos vem fornecendo o que existe de melhor em inovação tecnológica para produtores de todo o Brasil.
Estes investimentos da Napalha, inclusive, lhe renderam a certificação “Classe A” nas áreas de Peças e Serviços, título este atribuído pela própria multinacional John Deere. Para exemplificar este trabalho voltado à tecnologia, a nossa reportagem conversou com a Daniela Michelon, Engenheira Agrônoma e Consultora de Soluções Integradas e com Josimar Trevisol Klein, Instrutor Certificado, representando o time da Napalha.
- Como funciona esta Central de Tecnologia que foi implantada na NAPALHA?
Em 2017 a John Deere começou a implantar o Departamento de Agricultura De Precisão, depois disso tivemos algumas evoluções até chegar hoje com as Soluções Conectadas. Hoje é indispensável para o suporte de cliente no monitoramento remoto das máquinas e no auxílio na parte agronômica, no Centro de Soluções Conectadas (CSC).
A título de contextualização, quando a máquina está fazendo uma operação no campo, ela gera um mapa de trabalho com camadas que vão documentando todo o trabalho, quando se encerra a operação, estes dados vão direto para o celular do cliente por meio do Operation Center, que é como se chama a nossa ferramenta.
O produtor tem acesso às informações de consumo de combustível, uso operacional da máquina, velocidade de operação ou se existe algum código de falha. Já na parte agronômica, o produtor usa estes dados para depois fazer um planejamento futuro.
Essa transmissão de dados da máquina para o Operation Center é feita através de uma ferramenta de telemetria, presentes em colheitadeiras, pulverizadores autopropelidos, tratores da família 6J, 6M, 7J,8R e Forrageiras Autopropelidas, e se torna opcional em outras máquinas.
- Este sistema é restrito somente a alguns modelos de máquinas?
Esse sistema também pode ser instalado em máquinas mais antigas e de outras marcas, ou seja, mesmo o produtor que possui uma frota mista, pode contar com a nossa plataforma de dados. Para a transmissão de dados basta ter um sinal de internet.
Quando é feita a entrega técnica de uma máquina, é feita também uma explicação técnica sobre o sistema e o melhor uso da ferramenta.
- Como minimizar os problemas de equipamentos no campo?
Já existem cerca de 150 máquinas com este sistema implantado e temos a projeção de instalação em mais 270 máquinas no próximo ano. Com essa ferramenta, existe a possibilidade de agendar um plano de manutenções de cada equipamento de sua propriedade, e desta forma minimizar os danos que possam prejudicar equipamentos e maquinários e, ainda, comprometer o serviço de plantio e colheita.
Para isso temos à disposição os “Expert Alerts”, que ajudam a identificar e diagnosticar nas máquinas algumas situações antes que ela apresente sinais de falha, permitindo que o operador continue com a operação temporariamente até um momento conveniente – minimizando o custo de reparo e o potencial impacto nos componentes da máquina tornando a máquina mais disponível possível.
- Qual é a relação destes sistemas com a Agricultura de precisão?
Apesar de bastante utilizada a expressão Agricultura de Precisão, trata-se de um termo bem abrangente, porém no nosso trabalho, por exemplo, trabalhamos com piloto automático utilizando dados de satélite, chegando a trabalhar com a precisão de 2,5cm de margem de erro.
Quando o operador está trabalhando com a máquina e tem estas tecnologias embarcadas, ele consegue acompanhar em tempo real o desempenho do implemento e a atividade desenvolvida em tempo real, também conseguimos acompanhar à distância este trabalho e damos auxílio necessário para melhorar o operacional.
Da mesma forma o dono da propriedade pode acompanhar o trabalho realizado a campo, e compartilhar as informações que eleger conveniente aos funcionários e profissionais parceiros.
- Como é feita a apresentação dos resultados ao cliente?
Depois de realizado o trabalho é gerado um mapa de desempenho, e desta forma, é possível visualizar os pontos fortes e os pontos que podem melhorar, para que seja possível otimizar os custos e aumentar a produtividade. Hoje o Operation Center é uma plataforma aberta da John Deere, e aos interessados em ter acesso à ferramenta, basta fazer o cadastro ou vir nos procurar aqui na NAPALHA para maiores esclarecimentos.
*Reportagem publicada no Caderno Especial Celeiro do Agronegócio 2023 – Edição 3