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O mercado global de games é um universo em expansão. Em 2024, gerou receitas de quase 188 bilhões de dólares, com crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, já superando as indústrias de cinema e música combinadas. A América Latina responde por cerca de 10 bilhões de dólares do faturamento total. Dentro desse panorama, o Brasil, top 5 no mundo em número de jogadores, se tornou um mercado importante para desenvolvedores como a Riot Games, responsável por títulos de sucesso como League of Legends (LoL) e Valorant. Para ganhar ainda mais espaço no mercado brasileiro, a empresa adotou uma estratégia ousada. A ideia é criar conexões mais fortes com as comunidades locais, oferecendo experiências imersivas que transcendem o ambiente virtual e que aproximam os fãs de seus jogos, a fim de cultivar um engajamento que se torne duradouro.
Não só pelo tamanho, mas principalmente pelo fanatismo dos jogadores, o Brasil se tornou um destino de interesse para as empresas de videogame. “É um nível diferente comparado ao de outras regiões”, afirma Brad Hisey, diretor-geral de publicação da Riot Games para as Américas. O executivo americano destaca que a paixão dos brasileiros por jogos multiplayer online, como LoL e Valorant, se alinha com o perfil da empresa, o que explica seu desejo de buscar novas oportunidades no mercado nacional.
Essa característica se traduz em números expressivos: 37% dos gamers brasileiros jogam há mais de dez anos, 55% se divertem em três dispositivos (PC, console e mobile) e 49% acessam tanto títulos gratuitos quanto pagos. “O público brasileiro é muito engajado e fervoroso na demonstração de sua paixão”, afirma Diego Martinez, diretor-geral da Riot Games no Brasil. Atenta a isso, a empresa tem fortalecido a presença no país investindo em torneios e eventos presenciais. “Esperamos dobrar nossa capacidade de entregar mais desses momentos de comunidade, particularmente focados em competição, não necessariamente as profissionais, para conectar ainda mais jogadores”, acrescenta Martinez. O executivo cita exemplos como os campeonatos universitários e os torneios de comunidade, que oferecem aos jogadores diversas formas de se aproximar da empresa.
A estratégia da Riot se baseia na premissa de que cultivar comunidades fortes é fundamental para o sucesso a longo prazo de seus jogos. A empresa promove eventos presenciais imersivos, como a VCT Block Party, realizada em São Paulo, que celebrou o lançamento de Valorant para consoles, e o estande temático de Arcane, série da Netflix baseada no universo de LoL, na CCXP 2024, também na capital paulista. O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL), que em sua última edição reuniu 10 000 pessoas na final em Belo Horizonte, é um exemplo. “O LoL no Brasil é poderoso”, afirma Carlos Silva, consultor especializado no mercado de games. Ele também observa que a empresa tem expandido seu portfólio, lançando novos títulos, como o aguardado jogo de luta 2XKO. Ao construir um ecossistema vibrante em torno de seus jogos, a Riot Games mostra que, no seu ramo de negócios, não está para brincadeira.
Publicado em VEJA, dezembro de 2024, edição VEJA Negócios nº 9
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