
Ouça a coluna de Atílio Bari!
Na coluna desta quarta-feira (6), Atílio Bari fala sobre as apropriações do que representa o dia 7 de setembro no Brasil ao longo dos anos. De acordo com ele, o que antes era uma data de celebração civil, hoje é usado como palanque político. Além disso, o colunista aponta a conotação épica incorporada ao episódio do grito da independência de Dom Pedro I, graças à pintura extremamente inverossímil de Pedro Américo, em exposição no Museu do Ipiranga.
Atílio analisa também o processo de independência de Angola, a última colônia portuguesa em solo africano a se tornar uma nação independente, como no trecho: “Curiosamente, Angola, a terra de onde vinham boa parte dos escravos para o Brasil, (…) assim como Cabo Verde e Guiné-Bissau manifestaram interesse em agregar-se ao Brasil nessa tal de independência de Portugal, que sugava as riquezas naturais das suas colônias africanas. ”
Por fim, o colunista fala sobre a corrupção sistêmica do governo angolano, que desviou verbas destinadas a obras nunca concluídas, investimentos em empresas locais e auxílios para combate à fome: “O governo do país até tentou diminuir o nível de corrupção, ao proibir o presidente de participar de empresas petrolíferas (…) E o que fez o presidente angolano? Colocou tudo em nome da filha, que hoje lidera a lista de maiores fortunas da África”.
Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do “Estação Cultura”, todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.
O “Estação Cultura”, com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Play.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Cirley Ribeiro – MTB 832/SC