Deixando de lado a terrível arbitragem de Wagner do Nascimento Magalhães e o seu consequente impacto no resultado, o desempenho do Santos diante do Coxa não teve nada de especial, mas teve enorme importância.

Afinal, a defesa deixou buracos quando o Coritiba jogava com 11 em campo, o time apresentou a mesma dificuldade criativa que lhe é habitual, e a vitória apenas foi possível graças aos talentos individuais do elenco. O Peixe jogou mais de 60 minutos com um homem a mais e praticamente não teve resistência do adversário.

Na prática, nesta altura do campeonato e com o clube correndo sérios riscos de um inédito rebaixamento, o desempenho é de menor importância. Daqui para frente, o único objetivo deve ser a conquista da permanência na Série A do ano que vem.

E é justamente por isso que o Santos precisa ser elogiado pelo o que fez na noite da última quinta-feira. Não deve ter sido nada fácil concentrar energia nos treinamentos e na preparação para este jogo depois de ter sido goleado, por 7 a 1, para o Internacional.

Havia a dúvida de como esse elenco responderia depois da humilhação no Beira-Rio e, apesar de uma atuação mediana, o grupo foi bem. Venceu, chegou aos 33 pontos no Brasileirão, e colocou o Goiás na zona do rebaixamento.

Restam mais nove rodadas para o fim da temporada, e o Peixe precisa – de acordo com suas próprias contas – de mais quatro vitórias para não correr o risco de uma queda inédita. A tarefa é difícil, os próximos jogos são complicados, porém é possível alcançar o objetivo.

O próximo compromisso é contra o Corinthians, em Itaquera, e a boa notícia é que o Santos chega animado para o clássico – nada mal para quem estava destroçado há dois dias buscando respostas para lidar com sua pior derrota em toda a história do Brasileirão.

O momento ainda não é dos melhores, o cenário permanece instável, mas por que não pensar em roubar pontos na casa do maior rival?