
Vicente é santista, ama seu clube, mas é feito da sensibilidade dos geminianos que sabem que talvez haja mais nesse mundo do que o dia-a-dia que nos consome e, por vezes, entedia. O futebol pegou Vicente e, por isso, a mãe, a madrasta (ambas são-paulinas) e a irmã mais velha, também santista, o levaram ao Mario Filho para ver o clássicos dos clássicos. Vicente estava vivo, cantando, pulando, sentindo. Assim como a família inteira: as mães e a irmã. Todos juntos experimentando a catarse de estarmos vivos.
Se o Santos cair esse ano, Vicente vai ficar triste, sem dúvida. Uma tristeza inédita que ele estará inaugurando em sua vida. E por ela ele passará e sairá do outro lado do túnel. Mais forte, mais maduro, mais experiente.
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Sei que muitos botafoguenses teriam preferido a opção de não ter liderado o campeonato por quase 30 rodadas para depois perder o posto. Muitos talvez tivessem preferido lutar para não cair para a serie B. Me deixa ali quieto, não me deem a opção de êxtase e depois me tirem isso porque com esse sentimento não sei lidar, talvez digam.
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Mas o Botafogo está onde deveria estar: entre os maiores. Entre os que podem levantar a taça. Entre os times a serem batidos. O Botafogo deu o ritmo desse campeonato. Puxou a fila. Foi competitivo como há muito não era.
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Problemas de gestão fizeram o time derrapar. Não foi a torcida e não foi o elenco: ambos mostraram do que são capazes. Foi uma administração que negligenciou a saída de Luis Castro e que não soube repor o comandante. Uma administração que não compreendeu que o time tinha uma filosofia de jogo que se mostrou vencedora e que era preciso mantê-la. E agora, outra vez, ela errou: o time deveria entrar em campo hoje já com o novo treinador à beira do campo. E não vai ser assim.
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Aconteceu o que ninguém queria. Estamos aqui agora: Palmeiras, Grêmio, Galo e Flamengo podem chegar. O outro que pode chegar vocês enfrentam logo mais: o Bragantino que agora tem nome de uma bebida energética. É jogo a jogo, vitória a vitória.