A 13ª edição da Feira de Arte do Rio de Janeiro acontece até domingo (17.09) na Marina da Glória, são 75 galerias de arte e instituições de todo o Brasil e, este ano, a feira ganhou um jardim de esculturas à beira da Baía de Guanabara. Confira aqui uma seleção de novos artistas que são destaque no evento.
Ayla Tavares | Galeria Athena

A carioca apresenta a série de esculturas em cerâmica Ustão desenvolvida na residência artística Éden, da Casa Museu Eva Klabin em parceria com o Instituto Inclusartiz. Durante o programa, a artista mergulhou no acervo de Eva Klabin, uma das maiores colecionadoras brasileiras de todos os tempos. Desta pesquisa, surgiram obras monocromáticas em diferentes texturas com formas que remetem à ancestralidade e ao sagrado, objetos que parecem ser ritualísticos, mas ao mesmo tempo possuem uma simplicidade tamanha que podem ser associados a objetos de uso cotidiano.
Ricardo Siri | Janaína Torres Galeria

Polinizador, é assim que Siri, se define. Seu trabalho está intrinsicamente ligado à natureza, há cinco anos começou a conhecer as abelhas brasileiras e a curiosidade virou encantamento. Atualmente, é o maior melipolipolicultor em centro urbano no Rio de Janeiro. Entre as obras em exibição, está série Polinização, onde o artista cria um QR code com a geometria da cera de abelha. Uma vez acessado, o código da obra leva a um vídeo da caixa de abelha da qual se originou o trabalho. Para completar o caráter interativo, quem adquire a peça recebe em casa o mel produzido pelas abelhas que originaram a obra por um ano.
Castiel Vitorino Brasileiro | Mendes Wood DM

Um corpo preto de formas femininas tenta se equilibrar em uma grande pedra redonda, na superfície da rocha, representações de riso e morte convivem com outros que poderiam ser símbolos sagrados. A obra fotográfica Um complexo limite… de Castiel Vitorino, que está em exibição na ArtRio, permite uma primeira entrada no complexo universo da artista plástica, psicóloga e escritora. A pesquisa de Castiel navega por uma encruzilhada de saberes que passam por espiritualidade, transmutação e suas origens bantu-brasileiras. A artista está presente também na 35ª Bienal de São Paulo com a instalação Montando a história da vida.
Higo José | Galeria Estação

A fascinação de Higo José com a pré-história vem de longe. Nascido no Ceará, em uma cidade na divisa com a Serra da Capivara, um dos principais sítios arqueológicos da América Latina, as figuras rupestres faziam parte de suas referências visuais desde a infância. Atualmente, seus bordados criam versões contemporâneas destas figuras enquanto as formas de suas esculturas têxteis remetem aos monumentos de pedra do período neolítico, mas em cores suaves e pastéis, criando assim uma atmosfera de sonho na idade da pedra.
Rayana Rayo | Galeria Marco Zero

A pesquisa da artista pernambucana Rayana Viana, conhecida como Rayana Rayo, transita entre suas experiências pessoais e questões do seu próprio inconsciente. Suas grandes pinturas passeiam pelo figurativo abstrato com um viés surreal. Entre as obras expostas na feira carioca, destaque para uma série de autorretratos recentes e a obra têxtil Desencontros.