Lançado no final de março deste ano, Assassin’s Creed Shadows tem algo em comum com jogos como Resident Evil 4 Remake e Final Fantasy VII Rebirth — o uso de tinta amarela para indicar o caminho a seguir. No entanto, essa não era a intenção original da Ubisoft, que criou o jogo sem apelar para o indicador visual.

Em uma entrevista ao GamesRadar, o diretor criativo do game, Jonathan Dumont, explicou que a empresa mudou de ideia durante a fase de testes. Segundo ele, muitos dos responsáveis por avaliar o desempenho e a estabilidade do game simplesmente não conseguiam diferenciar entre quais superfícies podiam ou não ser escaladas.

A situação era especialmente grave durante as trilhas de assassinos presentes em alguns lugares do mapa de Assassin’s Creed Shadows. Sem os indicadores evidentes, muitas pessoas acabam se perdendo em meio às folhagens e caminhos alternativos que a desenvolvedora inseriu na aventura de mundo aberto.

Assassin’s Creed Shadows usa recurso de maneira discreta

Apesar de a tinta amarela fazer parte do mundo de Assassin’s Creed Shadows, ele é usado de maneira comedida pela Ubisoft. Enquanto está presente em certas trilhas e elementos do cenário — quem já jogou certamente já se deparou com as árvores com tábuas pintadas —, não é em todo canto do mapa que o tom amarelo surge em destaque.

Com isso, os jogadores precisam se acostumar na prática com muitos dos elementos de castelos e outros tipos de construções que podem ser escalados. Nesse sentido, o título faz um ligeiro desvio em relação a Origins, Odyssey e Valhalla, que transformaram seus protagonistas em figuras capazes de subir em qualquer lugar sem nenhum limite aparente.

Embora não seja exatamente a solução mais elegante do mercado, a tinta amarela (ou de outra cor chamativa) deve continuar fazendo parte da indústria nos próximos anos. Com jogos tentando atender a públicos cada vez mais amplos, serão poucos os títulos que continuarão ousando deixar os jogadores sem um guia claro do que deve ser feito em seguida.

Fonte: PC Gamer