O Atlético-MG tem um objetivo a conquistar ainda em 2023. Tem também a necessidade de planejar a próxima temporada. Um trabalho em paralelo, que exige sincronia. Ambos fundamentais. É uma das missões do diretor de futebol Rodrigo Caetano.

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A tarefa, muitas vezes, é feita em silêncio. Principalmente para não tirar o foco do clube no Campeonato Brasileiro. O Galo busca conquistar uma vaga na Conmebol Libertadores de 2024. Para isso, é preciso figurar no G-6.

Éder Aleixo, Rodrigo Caetano, Felipão, Lucas Gonçalves e Victor; Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Éder Aleixo, Rodrigo Caetano, Felipão, Lucas Gonçalves e Victor; Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Enquanto o time busca cumprir suas obrigações em campo com Felipão, o diretor de futebol cumpre agenda com executivos do clube, agora oficialmente uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Há decisões a serem tomadas no fim da temporada.
– A gente tem um planejamento que anda paralelo. Vocês sabem que o clube modificou para uma SAF. Temos feito reuniões, temos um rigor muito grande para o orçamento do ano que vem. As nossas conversas seguem mirando 2024 – disse Caetano.
“Mas o foco, o que nos trouxe até aqui, é fazer de cada um desses jogos (finais do Brasileiro) uma grande decisão. Não vamos desviar esse foco neste momento em que temos aspirações melhores do que as que tínhamos seis, sete jogos atrás”.
As análises também são sobre os atuais jogadores do elenco. Seis deles ficam sem contrato no fim deste ano, a maioria peças do sistema defensivo: Maurício Lemos, Bruno Fuchs, Réver, Saravia, Mariano e Hyoran. Outros, mesmo com vínculo, podem ter o futuro redefinido.

Mauricio Lemos; Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Mauricio Lemos; Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
– No caso do Lemos, temos um gatilho no contrato, o clube está protegido. Renovamos com Arana. Vamos avaliar caso a caso. Tem jogadores que são símbolos do clube, caso do Réver. Fuchs, (talvez) um novo empréstimo. A ideia é manter o máximo que a gente entende ser necessário e fazer pequenos ajustes.
Rodrigo Caetano reforça uma ideia que já defendeu em outros términos de temporada.
– Não compactuo em reformulação, a não ser que seja uma situação extremamente grave, que não é o caso. Estamos no G-6 e com aspiração de G-4. O que nos atrapalhou realmente é o que eu falo de continuidade, porque o contrário prova que não é o melhor caminho. Mudança no decorrer de temporada traz prejuízos.
“A ideia é manter o máximo que a gente entende ser necessário e fazer pequenos ajustes. A cada ano que passa, o clube que fizer ajustes e menos reformulação, se aproxima de conquistas. O inverso demora muito mais tempo”.