Caju entra em SaaS com plataforma de gestão de RH que promete reduzir em até 30 dias o trabalho da área


Em sua rota para diversificar os negócios, a Caju, empresa do mercado de benefícios corporativos, desenvolveu uma plataforma que promete economizar cerca de 30 dias úteis por ano de trabalho na área de recursos humanos e tornar a área mais estratégica e digital – algo que ainda é sentido como um desafio em muitas organizações. Pesquisa da Mercer de 2023 com 857 líderes de 39 países – e participação significativa da América Latina – indica que 65% acreditam que não têm uma combinação certa de tecnologias para o RH.

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“A Caju Ciclos surge como uma ferramenta, integrada às demais soluções da empresa que permite automatizar rotinas e acompanhar a jornada do colaborador de ponta a ponta, em uma única plataforma para admissão e gestão de dados”, explica Beatriz Madeira, head de estratégia da Caju.

“Desde o começo da Caju, em 2020, notamos que o departamento pessoal sofre com ineficiência no dia a dia. Em muitas empresas, especialmente as pequenas, o trabalho ainda é extremamente operacional e manual. Outras chegam a usar até 15 plataformas diferentes”, destaca Madeira. “Muitas das tarefas do RH, que consomem horas, poderiam ser aproveitadas de maneira mais estratégica com tecnologia e digitalização”, complementa.

Entre as funcionalidades estão a documentação e centralização de informações relevantes do colaborador desde a admissão até o desligamento. Há ainda a possibilidade de gerar relatórios de análises estratégicas. “É possível gerar indicadores da empresa, como em relação ao número de colaboradores, perfil demográfico e análise de diversidade”, aponta a executiva.

Beatriz Madeira, head de estratégia da Caju — Foto: Breno da Matta
Beatriz Madeira, head de estratégia da Caju — Foto: Breno da Matta

Ciclos foi idealizado no modelo SaaS (software as a service) e foi totalmente desenvolvido pelos profissionais das áreas de produto e tecnologia da Caju. O lançamento está previsto para o próximo dia 25 de setembro e tem como foco, inicialmente, as médias empresas, com até 500 colaboradores. Atualmente, o custo da ferramenta é de R$ 3 por colaborador cadastrado.

Aposta em SaaS para aumento de receita

Em 2022, a Caju levantou US$ 25 milhões para entrar no mercado de SaaS — como forma de diversificar o seu negócio. A rodada Série B foi liderada pela K1 Investment Management, uma gestora norte-americana focada em empresas de software B2B.

A empresa, que conta com mais de 30 mil clientes, transacionou R$ 5 bilhões em 2023 e espera que os novos produtos de SaaS correspondam a pelo menos 10% da receita mensal até o final de 2024.

A Caju – assim como Gupy, Feedz, Xerpa, Nibo, Sólides, Ahgora e Convenia – mira numa tendência global de investimento em tecnologia de RH por parte das organizações. Essa foi eleita a prioridade para 2023, pelo segundo ano consecutivo, entre líderes globais do setor, de acordo com estudo da Gartner, como alternativa para otimizar tarefas administrativas e reduzir custos.

Relatório do banco Houlihan Lokey indica que o capital total investido em tecnologia de RH no ano passado, no mundo, foi de US$ 11,4 bilhões. A alta se manteve no primeiro semestre de 2023, segundo o Drake Star, totalizando US$ 2,7 bilhões em financiamento.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 95% dos gestores de RH ouvidos pela Paychex planejam alocar recursos em inovação nos próximos 12 meses, especialmente para impulsionar a gestão e a produtividade. Mais de 75%, inclusive, pretendem usar inteligência artificial em 2024.

No Brasil, as HRTechs, startups de recursos humanos, receberam US$ 1,9 bilhão em investimentos desde 2000, conforme o HRTech Report 2023 do Distrito. O relatório indica uma alta progressiva ano a ano das HRTechs ⏤ que já somam 518 startups no país.

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