CEO da tecnologia perde US$110 milhões após acusação de esfregar bife em funcionária


Fundador da empresa de software jurídico CS Disco também é acusado de assediar outras colaboradoras; empresário renunciou ao cargo

  • Laura Intrieri

21 set
2023
– 12h47

(atualizado às 12h50)

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Camara é conhecido por ser fundador (e agora ex-CEO) da CS Disco

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Foto: Reprodução/Kiwi Camara/LinkedIn

O CEO da empresa de software jurídico CS Disco, Kiwi Camara, renunciou ao cargo após acusações de ter esfregado um pedaço de carne no rosto de uma funcionária durante um jantar e de outros tipos de comportamento inadequado com outras colaboradoras.

As supostas razões por trás da renúncia, ocorrida em 10 de setembro, foram expostas pelo Wall Street Journal na quarta-feira (20).

Conhecido por sua trajetória de sucesso, Camara perdeu um pacote de pagamento de aproximadamente US$110 milhões (cerca de R$ 540 milhões) em opções de ações da empresa como consequência de sua denúncia, de acordo com o jornal.

O jantar no qual ele teria assediado a funcionária ocorreu no dia 6 de setembro. Na ocasião, segundo as denúncias, Camara empurrou um pedaço de carne assada no rosto da empregada, pedindo que ela comesse “como um animal”, além de assediá-la sexualmente.

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Camara é conhecido por sua trajetória acadêmica, sendo o mais jovem a se formar na Escola de Direito de Harvard, aos 19 anos. Em 2013, ele co-fundou a CS Disco, que desenvolve softwares com inteligência artificial (IA) para advogados.

Ainda de acordo com o Wall Street Journal, a CS Disco teria iniciado uma investigação sobre as acusações, que foram formalizadas em uma queixa formal por parte da funcionária afetada. Camara também foi acusado de cercar-se de funcionárias jovens e de promover um ambiente de trabalho inapropriado.

Por meio de um programa de treinamento de lideranças introduzido por ele próprio, o CEO teria organizado viagens de fim de semana a vinícolas e promovido confraternizações com os candidatos.

A empresa CS Disco não emitiu comentários públicos sobre as alegações nem explicou as razões da saída de Camara. No entanto, anunciou em 11 de setembro que contratou o escritório de advocacia Cooley para investigar as alegações de agressão sexual contra o ex-CEO.


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