O Atlético-MG utilizou mais da metade do aporte inicial da SAF, em outubro deste ano, para abater em dívidas com instituições bancárias. À imprensa, nesta terça-feira, o CEO Bruno Muzzi informou que R$ 300 milhões de débitos, dessa natureza, foram pagos pelo clube desde então.

Presidente do conselho do Atlético-MG explica atribuições de Sérgio Coelho no futebol
“Chegou no nosso limite do que podíamos quitar. Pagamos 300, ainda tem cerca de 400 (milhões de reais) a pagar”
O valor representa mais da metade de todo o dinheiro que foi investido pela SAF no mês de outubro. Na época, o aporte da Galo Holding foi de R$ 506 milhões. Apesar disso, restam ainda cerca de R$ 400 milhões em débitos com instituições bancárias – que somavam, portanto, cerca de R$ 700 milhões.
O pagamento das dívidas com os bancos foi elencado como prioridade do Atlético desde o momento da confirmação da venda das ações da SAF. Os juros desses empréstimos foram apontados como determinantes para o crescimento do endividamento nos últimos anos.
Pelas contas do clube, o pagamento de R$ 300 milhões, que foi realizado nos últimos meses, resultou em uma economia de R$ 54 milhões, valor de juros que seriam pagos ao longo de 2024.

Bruno Muzzi revela pagamento de R$ 300 milhões em dívidas bancárias — Foto: Pedro Souza/CAM
Bruno Muzzi revela pagamento de R$ 300 milhões em dívidas bancárias — Foto: Pedro Souza/CAM
Além de restarem R$ 400 milhões em dívidas com os bancos, o Atlético ainda tem débitos relacionados ao Profut (cerca de R$ 300 milhões) e também a processos trabalhistas (cerca de R$ 200 milhões).
Em meio a este cenário, o Atlético pretende reestruturar o endividamento, justamente com o intuito de diminuir os juros e aumentar o prazo para pagamento. O cálculo atualizado dos débitos do clube será atualizado pela gestão da SAF e da associação nos próximos meses.
Nesta terça-feira, o clube passa por um novo processo eleitoral. Com apenas uma chapa inscrita, o presidente Sérgio Coelho será reeleito e comandará o Alvinegro pelos próximos três anos.
Ele será responsável por cuidar da Associação, que ficou com 25% do clube – enquanto a SAF tem 75%.