
A NASA revelou uma nova imagem do horizonte de Marte, tirada pela sonda Odyssey enquanto orbitava o planeta, a partir de uma altitude de cerca de 400 quilômetros (250 milhas) – semelhante à altitude média da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A imagem é uma conquista que levou meses para ser coordenada, e os cientistas dizem que ela lhes permitirá comparar Marte com a Terra, observando fotos semelhantes tiradas da ISS.
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“Se houvesse astronautas em órbita de Marte, esta é a perspectiva que eles teriam”, diz o astrônomo Jonathon Hill, da Universidade Estadual do Arizona. “Nenhuma nave espacial de Marte teve este tipo de visão antes.”
Conquista tecnológica
A imagem foi capturada usando o Thermal Emission Imaging System da Odyssey, ou THEMIS, e a principal razão pela qual demorou tanto tempo para coordenar é porque THEMIS está em uma posição fixa no orbitador e aponta diretamente para Marte a partir da espaçonave.
Para ver o horizonte de Marte, os cientistas aqui na Terra tiveram que enviar comandos para inclinar fisicamente todo o orbitador Odyssey em 90 graus, apontando THEMIS na direção da borda do horizonte.
Eles também tiveram que manter a espaçonave assim durante uma órbita inteira para que a THEMIS tivesse tempo de tirar a série de 10 imagens que foram costuradas para criar o panorama.
Como é a superfície de Marte
A superfície seca e cheia de crateras de Marte aparece em primeiro plano. Acima, flutua a delicada e tênue atmosfera de Marte, com tufos de nuvens e poeira suspensas nela.
Marte tem nuvens de gelo de água, como a Terra, mas também tem nuvens de gelo de dióxido de carbono que se formam quando as condições atmosféricas são adequadas. O estudo dessas nuvens pode nos dar uma ideia de como funciona a atmosfera marciana.
Os investigadores esperam tirar mais imagens do horizonte marciano durante diferentes épocas do ano, para ver como a atmosfera muda com as estações.
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