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Começou na manhã desta terça-feira a instalação das novas placas em controladores semafóricos em Porto Alegre, com tecnologia sem cabos, compatível com 4G ou fibra óptica. A ação, ocorrida no eixo entre a avenida Loureiro da Silva com a João Alfredo e a João Pessoa, reuniu equipes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) no cruzamento. Com ela, segundo o órgão, a intenção é controlar com maior fluidez o trânsito, especialmente em locais com tráfego intenso, reduzindo os congestionamentos em até 20%.
Até março, conforme a EPTC, a intenção do Programa Sinal Verde, lançado originalmente pelo prefeito Sebastião Melo na semana passada, é realizar a alteração ao menos nos 600 controladores gerenciados pela empresa Digicon, mais recentes, onde é necessário apenas trocar as placas por modelos com chips 4G. Na sequência, será aberta licitação para a troca em mais 300, estes mais antigos, onde é preciso a troca do equipamento como um todo, somando 900 que a Capital possui hoje. Cada controlador pode gerenciar o semáforo, em média, em sete ou oito cruzamentos.
“Este é um momento simbólico, porque estamos iniciando o maior programa de upgrade semafórico já feito aqui na cidade. Estamos fazendo uma alteração na qualidade do serviço prestado, transformando a comunicação dos semáforos por algo similar a um celular. A partir da central de comando na EPTC, será possível realizar a programação, otimizando os tempos e evitando interrupções nos controles”, afirmou o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto. Ontem, além deste primeiro, a alteração foi feita em outros 12 controladores.
Outra vantagem do sistema, também conforme a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU), é evitar o que ocorre quando há falhas no controlador, em que determinados semáforos podem estar com os relógios desregulados. Em áreas de grande movimento da Capital, e em horários específicos de grande fluxo, ocorre a chamada “onda verde”, ou seja, sinaleiras sucessivas na cor verde em uma mesma avenida. De acordo com a EPTC, o desajuste nos equipamentos pode causar paradas no trânsito e consequente “arranca e para” de veículos.
A escolha de locais de maior movimento para esta primeira etapa é justamente para a operação do sistema “onde dói mais”, segundo exemplificou Neto. “Vamos ver mais pessoas beneficiadas com esta sincronização, em menor tempo, e ainda uma maior suavização do fluxo. Com o serviço migrando para a nuvem, vai facilitar a operação dos técnicos também”, pontuou o diretor-presidente.
Atualmente, Porto Alegre tem cerca de 1.430 locais semaforizados, com 11.072 semáforos, dos quais 50% não tem comunicação com a central. Ou seja, caso haja problemas com estes equipamentos, o técnico da EPTC precisa ir verificar presencialmente no semáforo. Nesta primeira etapa, recebem os novos controladores outro trecho da Loureiro da Silva, entre Edvaldo Pereira Paiva e Augusto de Carvalho, além das vias Wenceslau Escobar, José Pedro Boéssio, Tarso Dutra, Salvador França e Salgado Filho, aumentando para 90% o índice de comunicação nestes locais.