O encontro da CP Games reuniu mais de 200 profissionais da indústria brasileira de iGaming na Fazenda Churrascada, em São Paulo, para uma experiência imersiva e acolhedora para os convidados. Com churrasco premium, charutaria e um show exclusivo da dupla Clayton & Romário, o objetivo foi debater o futuro da atividade no Brasil e contou com apresentação dos temas mais importantes do atual momento do segmento no país.
Regulamentação
O painel “Regulamentação, Processo Regulatório e Impacto no Mundo do iGaming” contou com a participação de Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Bernardo Freire, advogado da Betnacional e sócio no Cavalcanti Freire, e Kayky Janiszewki, CEO da Legitimuz.
Entre os principais insigths abordados, destacaram-se o atual momento pré-início do mercado regulado, com destaque para a seriedade com que foram definidas as portarias, a mudança de rumos do setor a partir de 1º de janeiro, publicidade responsável, respeito ao apostador e os desafios do governo em derrubar sites ilegais.
Kayky Janiszewki, CEO da Legitimuz, afirmou que “não regular a atividade é prejudicar a sociedade, o setor e o país, pois permitirá a continuidade do mercado cinza por operadores não sérios apesar de qualquer tentativa de bloqueio”.
Sobre isso, reforçou que será um grande desafio para o governo derrubar os sites ilegais, seja pelas empresas de métodos de pagamento, redes de pesquisas, plataformas de anúncios e influenciadores.
Bernardo Freire comentou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que “trouxe segurança jurídica para o setor e foi acertada”. Para ele, simplesmente proibir publicidade não é o caminho certo. “Publicidade é a forma de identificar quem está legal e uma forma de a empresa ser reconhecida como autorizada pelo governo”.
Ele destacou bons exemplos do mercado internacional no combate ao jogo ilegal, como Inglaterra, Dinamarca, Espanha e Suécia. “Todos adotaram uma lógica voltada a combater o ilegal e sem proibições de largada”.
Plínio Lemos Jorge lembrou que a chegada das grande emissoras ao setor, assim como a indicação de que a Caixa também irá operar apostas esportivas, é importante, mas destacou que só isso não basta para trazer segurança jurídica e confiança.
“O mais importante é uma ação efetiva do governo de coibir o ilegal, seja pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ou pelos métodos de pagamento. Nossa preocupação não é trazer a segurança jurídica apenas para operadores e investidores, mas também para o apostador, que merece todo o nosso respeito. Temos trabalhado ininterruptamente para que o setor seja reconhecido como uma atividade econômica bastante importante para a sociedade”.
Meios de pagamento e boas práticas financeiras
Para discutir esse tema, a CP Games reuniu a advogada e especialista em compliance financeiro, Sabrina Araújo, Luiz Carlos Zavata, CFO UpBet e Fellipe Novoa e Lucas Orion Teles Fernandes Mariano, respectivamente executivo e coordenador de sustomer success na iugu.
As principais conclusões desse painel foram de que os meios de pagamento para bets atendem as regulamentações do Banco Central e da Secretaria de Prêmios e Apostas, trabalhando dentro de rígidas regras de compliance e segurança.
Para os painelistas, além de atender às regras governamentais, os meios de pagamento devem estar atentos a aprimorar constantemente a tecnologia para melhorar sempre a experiência do usuário, ao mesmo tempo em que garantem a eles de que não há riscos, já que estão colocando em risco seu dinheiro se ele não for entregue a casas de apostas sérias e que atendam às boas práticas e a um compliance rigoroso.
Com uma volumetria em Pix da ordem de R$ 20 bilhões por mês, a segurança, com inúmeras camadas de tecnologia, os métodos de pagamento devem garantir que além de cumprir com as determinações legais, protejam o apostador.
No debate, ficou claro que as casas de apostas esportivas esperam receber muita tecnologia das empresas de métodos de pagamento, agilidade no processamento de transferências como foco na entrega ao usuário final a melhor experiência.
Publicidade no meio de iGaming
O marketing e a publicidade têm de ser pensados de forma responsável, evitando qualquer associação com riqueza, mostrando que a aposta online é um entretenimento como qualquer outro e isso deve estar explícito em todas as campanhas. Foi essa a espinha dorsal do debate sobre o tema.
Para discutir a publicidade no setor de iGaming, a CP Games convidou Ricardo Magri, consultor de Igaming e CCO da Ebac, Guilherme Frioli, head de publicidade do UOL, Eder Schaphauser Ziomek, CEO da UPBet, e Carminne Silva e Matheus Neves, respectivamente executiva de growth marketing e coordenador de customer success na iugu.
Um dos principais insights desse painel foi a necessidade de que todas as campanhas levem em consideração que o setor de iGaming não pode e não deve prometer riqueza nem ser dirigida a menores de idade. Além disso, os painelistas foram unânimes em afirmar que a atividade deve tomar muito cuidado com influencer, que muitas vezes não sabem o que estão falando. “Eles precisam ser treinados”, concordaram os speakers.
Nas apresentações, ficou clara a importância de que o conceito do jogo responsável de estar presente nas campanhas de marketing e de publicidade do segmento e que a atividade deve ser mostrada como uma forma de entretenimento. “Esse é o desafio para 2025, ressignificar o mercado de iGaming”, concordaram.
Ao término do encontro, a CP Games exaltou o momento de realização do evento como uma forma de demonstrar seu compromisso com o avanço do setor no Brasil. “Conectamos importantes players para debates atuais e para incentivar a troca de experiências e conhecimento para a construção de um ambiente de negócios sustentável a partir da regulamentação e com soluções inovadoras”, definiu a empresa.
Fonte: Exclusivo GMB