“Nós da região norte, principalmente Roraima, que é um estado riquíssimo de tradições, não pode deixar a cultura morrer. Por isso, nós realizamos essas ações pontualmente todos os anos para tentar sensibilizar e manter viva a cultura. Essas crianças saem com a missão de multiplicar, elas levam para casa o que elas aprenderam”, comentou.
Uma das professoras-coordenadoras do Curumim Leitor, Emanuella Vasconcelos, explica que o projeto incentiva o interesse das crianças pela leitura e escrita. No evento de hoje, o objetivo é tornar o conhecimento sobre as raízes culturais do estado acessível a elas.
“Nós entendemos que é importante para essas crianças, principalmente para que elas divulguem sua cultura. Para isso, é necessário que elas conheçam e apreciem, assim naturalmente ela vai multiplicando o que conheceu e auxiliando, tanto ela mesma quanto aos demais, a conhecer e a preservar nossa cultura e partilhar com outras pessoas”, declarou.
Ana Maria, uma das alunas participante do evento, contou que aprendeu novas histórias e está preparada para passar os seus conhecimentos adiante.
“Está sendo maravilhoso e estou aprendendo muitas coisas novas aqui. As histórias são bem interessantes. É bem importante aprender para quando crescermos podermos contar para nossos filhos, passando de geração em geração”, declarou.
Emanuella quanto Kátia destacaram a importância de permitir que as crianças tenham acesso detalhado a história local. A professora, também apontou sobre a ausência de visitas a Biblioteca e que, entre os alunos da turma, poucos já haviam conhecido o Palácio da Cultura e recorda que para falar de história, é importante envolver os livros.
“Sabemos que a maioria das crianças são roraimenses, mas poucas vieram a Biblioteca e algumas só conhecem por passar aqui na frente. Nós entendemos que para celebração do folclore é necessário que nós, que atuamos com criança, demos um direcionamento para o nosso folclore roraimense. Então, pensamos em partir das histórias, não tem como falar de cultura, de história, das lendas brasileiras sem falar das autoras e coleções.”, finalizou.